“Nós vamos trabalhar para a maioria absoluta. Esse é sempre um objetivo de um partido como o PSD”, afirmou Berta Cabral aos jornalistas, após ter entregado no Tribunal de Ponta Delgada as listas de candidatos do partido por São Miguel e pelo círculo de compensação.
A candidata e presidente do PSD/Açores assumiu que os grandes desafios do futuro Governo Regional, que espera liderar, serão a autonomia, o emprego e o apoio social, levando o arquipélago a um terceiro ciclo de desenvolvimento onde “as pessoas estão em primeiro lugar”.
Segundo a social-democrata, o memorando assinado entre o atual Governo Regional e o Governo da República “é o xeque-mate num fim de ciclo [socialista] que já se adivinhava”.
Questionada sobre uma eventual coligação com o CDS-PP, Berta Cabral assegurou que “o PSD estará sempre disponível para encontrar as melhores soluções para dar estabilidade governativa aos Açores”.
A candidata referiu que a lista do PSD pela ilha de São Miguel é composta por “gente competente, com provas dadas e com total capacidade para reverter a situação em que os Açores se encontram”, alegando que “está na altura de fazer uma mudança segura, uma mudança que garanta melhor qualidade de vida, desenvolvimento e emprego”.
Após 10 anos ausente do Parlamento Regional, Berta Cabral participa a partir de terça-feira no último plenário desta legislatura, na Horta, regressando a uma rotina que assegurou não ter esquecido.
“Mesmo ao nível autárquico nunca se perde esta rotina, porque as assembleias municipais e as câmaras têm oposição dentro do próprio órgão executivo”, afirmou, acrescentando que “saber liderar com a oposição, com a divergência de opiniões, é sempre saudável em democracia”.
Nas últimas eleições regionais, em 2008, o PSD obteve em São Miguel 12.422 votos (27,91%), tendo elegido seis dos 19 deputados eleitos por esta ilha.
Lusa