Nos últimos 12 anos, disse Berta Cabral, “a UE contribuiu com mais de 2,5 mil milhões de euros para o desenvolvimento dos Açores. É pena que a região não tenha sabido gerir um apoio externo tão significativo para criar mais riqueza, para criar mais postos de trabalho, para fortalecer as nossas empresas”.
A líder regional social-democrata, numa declaração em Ponta Delgada para assinalar o Dia da Europa, frisou que “não foi uma oportunidade perdida, mas foi uma oportunidade mal aproveitada”.
“Tínhamos o dever de ter aproveitado muito melhor os apoios que recebemos. Devíamos ter gasto menos e investido mais”, frisou, acrescentando que, apesar dos apoios disponibilizados “a desvantagem relativa dos Açores permanece e a situação económica e social até se agravou”.
Berta Cabral considerou que o próximo Quadro Comunitário de Apoio (2014/2020) apresenta um “desafio estratégico” para os Açores, que é a criação de riqueza, frisando a necessidade de criar emprego para fixar a população nas ilhas de origem e reduzir o desemprego.
Nesta declaração, a presidente do PSD/Açores e candidata à presidência do Governo Regional reafirmou a defesa de um programa específico de apoio aos transportes nas regiões ultraperiféricas europeias, frisando que “promover a coesão é sobretudo garantir que as regiões ultraperiféricas não sejam penalizadas pelo seu afastamento e dispersão geográfica”.
A criação de uma representação permanente dos Açores em Bruxelas foi também reafirmada por Berta Cabral, para quem é necessário ter junto das instituições europeias um lóbi que defenda os interesses da região e seja capaz de influenciar as decisões da UE que afetam os Açores.
Berta Cabral anunciou ainda a realização em junho, em S. Miguel, de um seminário sobre ‘Política de Coesão numa Europa das Regiões’, que será presidido pelo presidente do Partido Popular Europeu, Joseph Daul, e contará com a participação de todos os eurodeputados social-democratas.
Lusa