Berta Cabral nega crispação entre PSD nos Açores e na Madeira

A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, negou hoje qualquer “crispação ou mal-estar entre sociais-democratas açorianos e madeirenses”, atribuindo a “equívocos” as críticas feitas pelo PSD/Madeira num comunicado em que lamentava a falta de solidariedade.

“São só um conjunto de equívocos, que já sabemos como funcionam. Não tenho que ficar incomodada com isso, todos conhecemos Alberto João Jardim e isso significa que ele tem estas coisas que a gente não pode levar a sério”, afirmou Berta Cabral, defendendo ser “saudável que cada um tenha a sua opinião no partido”.

Berta Cabral, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada, frisou que o PSD/Açores “não está de relações cortadas” com o PSD/Madeira, admitindo que possa ter existido “falta de compreensão” relativamente às declarações de Duarte Freitas, líder parlamentar do PSD/Açores, que estiveram na origem deste caso.

Duarte Freitas, em declarações a um jornal económico, defendeu que “a situação financeira dos Açores é bem diferente da da Madeira”, salientando que os sociais-democratas açorianos não têm conhecimento de “situações de ilegalidade” como surgiram na Madeira.

Na resposta, o PSD/Madeira emitiu um comunicado em que salienta que “um dirigente do PSD/Açores, na habitual e estranha conivência situacionista com o respetivo PS e outras fontes de poder, referiu-se falsa e desprimorosamente à situação financeira da Região Autónoma da Madeira, numa falta de solidariedade partidária que o PSD/Madeira mais uma vez regista”.

“Para o que os Açores receberam a mais do que a Madeira ao longo destes anos, quer da União Europeia, quer da República Portuguesa, ao menos por pudor deviam estar calados e não referir resultados que comparativamente nem abonam”, acrescenta o comunicado, que termina com a expressão “passem bem”.

Apesar de rejeitar qualquer crispação entre os sociais-democratas insulares, Berta Cabral frisou hoje que “a situação nos Açores é diferente em todos os sentidos” da que se regista na Madeira.

“Do ponto de vista financeiro, nós devemos menos do que a Madeira, individual e globalmente, mas também somos mais pobres e a dívida de um pobre, sendo menos, não quer dizer que é menos preocupante do que uma divida maior de uma pessoa com mais possibilidades”, afirmou.

Nesse sentido, salientou que, segundo os dados do Tribunal de Contas, os compromissos futuros dos Açores rondam 3,3 mil milhões de euros nos próximos 30 anos, o que “é preocupante” para quem tem um PIB de 3,7 mil milhões de euros.

 

 

 

Lusa

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