A presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, pediu a compreensão e o envolvimento dos cidadãos perante a “situação grave” que os municípios atravessam face às “contingências e novas restrições” decorrentes da situação de crise no país.
“Não sei o que vai ser 2011. Gostamos de apoiar todos, mas tenho que partilhar com todos estas dificuldades, pois a situação é grave e parte do Governo da República”, afirmou Berta Cabral, que falava na cerimónia de assinatura de protocolos com 36 agentes culturais no quadro do Plano Municipal de Apoio à Cultura.
Berta Cabral reafirmou que a Câmara de Ponta Delgada terá “quase 12 a 13 por cento de cortes” nas transferências em 2011, além de ter “dois milhões de divida do Governo”.
Berta Cabral acusou o Governo da República de “estar agora a tomar medidas violentas”, que colocam os municípios “numa situação nunca vivida”, frisando que Ponta Delgada “anda há dois anos a tentar tapar tudo com uma manta cada vez mais pequena”.
A presidente da autarquia assegurou que o município vai continuar a privilegiar o apoio social, mas frisou que “todos devem estar solidários neste processo”, adiantando que as prioridades serão para a acção social, abastecimento de água e conservação de infra-estruturas, só depois surgindo o apoio à cultura e desporto.