A presidente do PSD/Açores disse hoje que, caso vença as eleições regionais de outubro, terá como “medidas imediatas” a criação de uma entidade reguladora do leite e produtos agrícolas e a renegociação de apoios comunitários.
“A agricultura tem uma importância na nossa vida económica, social e coletiva. Como medidas imediatas deve-se criar uma entidade reguladora do leite e dos produtos agrícolas, como forma de garantir uma maior transparênciana na formação dos preços”, frisou Berta Cabral, em declarações à Lusa.
A candidata do PSD/Açores falava à margem de uma visita à Feira Agrícola de São Miguel, onde decorre o XI Concurso Micaelense da Raça Holstein-Frísia, e que mostra o melhor da produção regional e a evolução genética.
Além da criação da entidade reguladora do leite e produtos agrícolas que, segundo Berta Cabral, permitirá “equidade de distribuição da riqueza produzida na pecuária”, a presidente do PSD/Açores assumiu ainda o compromisso de avançar, “a partir de outubro, com o processo de renegociação e de reforço de algumas verbas destinadas à agricultura”, caso o seu partido vença as eleições regionais e constitua governo.
“É preciso ter em conta que já se esgotaram as verbas para o desenvolvimento rural e é urgente que, em 2013, haja um reforço”, referiu a candidata do PSD/Açores, para quem é preciso também dar “um outro patamar de projeção” e reconhecimento Europeu e internacional da marca “Açores” e envolver a Universidade dos Açores no processo de inovação e investigação.
A presidente do PSD/Açores entende que “é preciso saber aproveitar os recursos naturais invejáveis” de que dispõem as nove ilhas dos Açores, e “tornar a Universidade dos Açores parceira deste setor, de forma a que haja inovação, investigação ao nível de novos produtos de transformação, e que haja também um outro patamar de certificação reconhecida”.
Na Feira Agrícola, Berta Cabral defendeu ainda “a descentralização de competências nas associações” do setor para que sejam “verdadeiros parceiros e que possam desmultiplicar as funções que o setor público nem sempre pode fazer”, frisando as mais valias destas organizações que “estão mais próximas dos produtores e dos agentes económicos deste setor”.
“Todos temos a ganhar com maior eficiência e celeridade de resolução dos problemas dos agricultores”, sublinhou.
Lusa