A presidente do PSD/Açores, Berta Cabral, manifestou hoje grande preocupação com o contínuo aumento do desemprego na região, defendendo a necessidade de se tomarem medidas para relançar a economia que tenham eficácia prática.
“É urgente relançar a economia. Há medidas que são anunciadas mas depois, na prática, passam pelo cumprimento de requisitos que as empresas não estão em condições de cumprir”, afirmou Berta Cabral, em declarações à Lusa.
A líder regional social-democrata comentava os dados hoje divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), que colocam os Açores como a região do país onde o desemprego mais cresceu em fevereiro.
“Não duvido que as medidas lançadas são bem intencionadas mas, na prática, não funcionam e a prova é que o desemprego aumenta de dia para dia”, frisou, salientando que, “se as medidas fossem eficazes, já deviam estar a produzir efeito e, infelizmente, não estão”.
Para relançar a atividade económica, Berta Cabral defendeu uma “aposta clara na criação de fundos de reestruturação de empresas e no capital de risco”.
“Os nossos empresários não estão em condições, por eles próprios, de sair desta situação, precisam de ser apoiados por instrumentos financeiros adequados à realidade atual, que não é igual à do ano passado ou de há dois anos”, defendeu.
Nesse sentido, adiantou que, caso seja eleita presidente do executivo regional nas eleições de outubro, pretende, em conjunto com o Governo da República e o Banco de Portugal, “montar um conjunto de instrumentos financeiros para agarrar as empresas”.
A presidente do PSD/Açores frisou, no entanto, que “até lá, alguma coisa tem que ser feita por quem tem responsabilidades, que não pode estar só a lançar linhas de crédito para o ar quando sabe que os bancos não têm dinheiro para cumprir isso e são muito exigentes em requisitos que as empresas não podem cumprir”.
Lusa