Para a autarca, que é também líder do PSD/Açores, num cenário de crise e quando “os investimentos que os municípios concretizam são os comparticipados com fundos comunitários”, a exclusão da reabilitação urbana destas ajudas impedem a execução de empreendimentos nesta área.
Por essa razão, salientou que continuam por executar em Ponta Delgada, entre outros, os projectos de reabilitação do Campo de S. Francisco, do Largo do Colégio e de ligação entre as praias do Pópulo e das Milícias.
Berta Cabral, que falava aos jornalistas durante um encontro sobre reabilitação urbana, desafiou o Governo Regional a mudar as suas orientações sobre a matéria, sublinhando que todos os projectos desenvolvidos pela autarquia em matéria de reabilitação urbana foram comparticipados pela União Europeia.
“A reabilitação que foi feita em Ponta Delgada até agora foi toda co-financiada com fundos comunitários”, frisou, acrescentando que o que está em causa “não é o governo dar mais verba”, mas permitir que as autarquias possam “afectar as verbas que têm à reabilitação urbana”.
Numa reacção a estas declarações, o presidente da Associação de Municípios dos Açores, João Ponte, reconheceu que os apoios comunitários a projetos municipais nesta área “eram mais abrangentes” no anterior quadro comunitário de apoio.
João Ponte, autarca socialista que preside à Câmara da Lagoa, admitiu que a situação não satisfaz inteiramente as autarquias, mas insistiu ser possível obter apoios da União Europeia para reabilitação urbana, como intervenções em arruamentos e praças e em edifícios que possam ser utilizados como espaços culturais.