O BES, tal como era conhecido, acabou este fim de semana com o Banco de Portugal a criar o Novo Banco, que fica com os ativos bons e recebe 4.900 milhões de euros, e a colocar os tóxicos num ‘bad bank’. Eis os principais pontos da solução anunciada:
O Banco de Portugal dividiu os ativos do BES, colocando os ativos problemáticos no chamado ‘bad bank’ (‘banco mau’), que terá uma administração própria para os gerir e não terá licença bancária, apesar de manter o nome BES.
Segundo o Expresso, Luís Máximo dos Santos, atual presidente da Comissão Liquidatária do Banco Privado Português (BPP), vai presidir ao “banco mau”.
O chamado ‘banco mau’ passa a deter as dívidas do grupo GES, créditos de empresas em dificuldades, assim como a participação maioritária no BES Angola. Não foram para já indicados mais ativos tóxicos a incluir no ‘”bad bank’, esperando-se que sejam divulgados pelo Banco de Portugal.
Para o chamado ‘banco bom’, que se designará de Novo Banco, é “transferido o essencial da atividade até aqui desenvolvida pelo Banco Espírito Santo”, caso dos depósitos. Ficam também neste banco todos os trabalhadores, assim como restantes recursos, caso das agências.
Para resolver a situação criada pelo BES, são injetados no Novo Banco 4.900 milhões de euros, através do Fundo de Resolução bancário.
Este fundo foi criado em 2012 e só tem 380 milhões de euros, pelo que a solução encontrada passa por ir buscar o valor restante ao dinheiro da ‘troika’ destinado ao setor financeiro, em que, de um total de 12 mil milhões, ainda estão disponíveis 6,4 mil milhões de euros.
Assim, estima-se que virá do dinheiro da ‘troika’ entre 4.400 a 4.500 milhões de euros, através de um empréstimo ao fundo de resolução, existindo também uma contribuição extraordinária dos outros bancos que operam em Portugal, que poderá ascender a cerca de 100 milhões de euros.
Sobre o prazo em que este empréstimo terá de ser pago e qual a taxa de juro do mesmo não foi dada qualquer informação.
SIC c/Lusa