Os deputados do PSD/Açores eleitos pela Terceira consideraram hoje que, “uma vez mais, pouco ou nada se adiantou em relação ao necessário processo de descontaminação total dos solos e aquíferos da Ilha Terceira”, referindo que as declarações do Presidente do Governo Regional, após mais uma Bilateral entre Portugal e os Estados Unidos da América (EUA) “não trazem nada de novo, nem traduzem garantias de uma postura diferente por parte dos norte-americanos. Ou sequer do Estado português”.
Para Mónica Seidi, César Toste e Luís Rendeiro, a postura açoriana em todo este processo “indicia, por parte da Região, uma falta de capacidade preocupante em exigir do Governo da República outro comportamento junto dos EUA. Esta foi a 39ª reunião mantida e, tal como as mais recentes com o problema da descontaminação em cima da mesa, sendo que continuamos a ouvir falar em promessas e intenções”, criticam.
Para os social democratas, “não é aceitável que o Governo Regional se fique pelas informações transmitidas nestes encontros, ficando satisfeito com as intenções demonstradas. Assim como parece que os Açores e a República falam a duas vozes, pois o Ministro dos Negócios Estrangeiros mostrou-se satisfeito em relação aos compromissos das duas partes para analisar em conjunto e intervir, se necessa´rio, sobre as consequências do ponto de vista ambiental e para a saúde pública do uso da base”, citam.
Os deputados do PSD eleitos pela Terceira entendem ainda que se deve exigir “uma postura firme do Governo Regional, especialmente no que se refere aos prazos estipulados da suposta intervenção em curso, da qual parecem ter sido dado poucas contas ao Executivo açoriano”, referem.
Os parlamentares realçam que, de acordo com o Presidente do Governo, os dados até agora fornecidos ainda carecem de validação, “confirmando que a morosidade de todo o processo tem sido contínua, o que naturalmente lamentamos”, adiantam.
Os deputados consideram igualmente que “as palavras desta semana do Presidente do Governo em pouco diferem do que já tinha dito em dezembro último, aguardando-se assim pelo tais passos concretos, visíveis, suscetíveis de confirmação e que deviam acontece dentro do prazo fixado de seis meses. É de facto, necessária uma abordagem mais efetiva e concreta na questão da descontaminação, e não nos parece estar a ser essa a realidade vivida pelos terceirenses e pelos açorianos”, concluem.