O FC Porto atacou e rematou muito mais, frente a uma equipa que se preocupou quase em exclusivo em defender – e fê-lo quase sempre muito bem -, mas esteve muito desinspirado, desarticulado e sem chama: no meio de muitos assobios, valeu, uma vez mais, Hulk.
Em relação ao “onze” que venceu sábado o Marítimo (4-1, para o campeonato), Villas-Boas mudou cinco unidades, trocando Helton, Otamendi, Guarin, João Moutinho e Varela por Kieszek, Maicon, Fernando, Ruben Micael e Mariano Gonzalez.
O FC Porto entrou, como se esperava, a controlar a bola, mas, com um ritmo muito lento e um futebol desligado, foi desde início presa fácil para o adversário, muito bem escalonado na defesa e sem arriscar ofensivamente.
Um cabeceamento de Hulk à figura de Pedro Alves I e um remate de Mariano Gonzalez a rasar o poste esquerdo foram os únicos momentos dos “dragões” no primeiro quarto de hora, ao qual o Pinhalnovense sobreviveu sem sobressaltos.
O tempo passava e aumentava a confiança dos “azuis e brancos”, os forasteiros, ao mesmo tempo que os locais, de amarelo, iam ficando mais inquietos, o que se traduzia em sucessivos passes falhados e “zero” de jogadas perigosas.
Dois remates desastrados, de Fernando (isolado) e Hulk, a par com uma queda na área de James Rodriguez que pareceu merecer falta, foram o que de mais palpitante aconteceu até ao intervalo, que chegou com um coro de assobios da bancada.
Descontente, Villas-Boas trocou ao intervalo Ruben Micael por Guarin, em “estado de graça” após os “golões” ao Marítimo, e, pouco depois, Mariano por Varela, mas o FC Porto continuou na mesma, sem ponta de inspiração.
O FC Porto raramente conseguia criar perigo ou sequer espaço para desferir remates de longe e, aos 70 minutos, a equipa da II divisão quase escandalizou: Miguel Soares rematou com classe, à entrada da área, valendo aos portistas uma grande estirada do polaco Kieszek.
Nem o aviso espevitou o FC Porto, que continuou na sua toada adormecida, mas, aos 78 minutos, o brasileiro Hulk ganhou espaço e atirou uma “bomba” de pé esquerdo que só parou no fundo da baliza, sem hipóteses para Pedro Alves I.
Depois de tanto esforço para conseguirem chegar à vantagem, os “dragões” passaram, sobretudo, a gerir o resultado, para não passarem por calafrios, mas a inspiração de Hulk ainda valeu novo grande golo, já nos descontos.