“Desde os princípios do cristianismo que a igreja promoveu e desenvolveu ação social, ação sócio-qualitativa que não pode ser considerada como mera suplência do estado, não vai ser a comunidade europeia que nos vai dizer em que moldes nós temos de praticar a caridade cristã”, adiantou D. António de Sousa Braga na homilia desta manhã em Ponta Delgada. Para o Bispo dos Açores, a doutrina social da igreja tem “uma atitude crítica em relação à economia dirigida, ao coletivismo marxista como também ao capitalismo neoliberal”. “Não podemos dizer que a igreja propõe uma terceira via mas a igreja propõe o império do Espírito Santo que torna possível uma sociedade fraterna e solidária”, disse o Bispo. D. António de Sousa Braga admitiu que a “igreja não tem soluções técnicas para a crise mas tem uma doutrina social que fornece princípios, critérios e diretrizes que orientam e motivam para a ação”. O Bispo dos Açores deixou uma mensagem de esperança e encorajamento para superar o momento atual de crise e apelou para a solidariedade e a união. “Com a situação de emergência social, a resposta imediata tem de ser a do bom samaritano, socorrer quem precisa, uma solidariedade, uma proximidade da vizinhança que deve ser posta em ato. Passa por aí também a vivacidade da sociedade civil e das comunidades cristãs”, afirmou o bispo.
Bispo diz que “igreja não pode ser mera suplência do Estado”
O Bispo dos Açores, D. António de Sousa Braga, destacou esta manhã a importância da igreja no “momento de crise e de dificuldades”, durante uma missa campal integrada nas Festas do Divino Espírito Santo.