Bolieiro admite auxílios para aumentar rendimento de produtores de leite açorianos

 O presidente do Governo dos Açores reiterou a necessidade de um “equilíbrio” na fileira do leite, reconhecendo que o aumento do rendimento dos produtores pode resultar “do preço” ou “dos auxílios de subvenção pública e comunitária”.

José Manuel Bolieiro, que falava aos jornalistas depois de ter reunido com a direção da Unileite, frisou a importância da “concertação” entre “todos os elementos desta cadeia de negócio”, na fileira do leite.

É preciso encontrar “equilíbrio, visto que é fundamental ter uma boa relação, com equidade, justiça e solidariedade, entre produção, transformação e comercialização e o Governo está disponível, obviamente, para ser um parceiro auxiliar destes entendimentos e dessa melhoria de entendimento e de rendimentos para todos”, afirmou o líder do executivo açoriano.

Questionado sobre o preço pago aos produtores, o social-democrata admitiu que os fundos comunitários devem “ser utilizados como uma estratégia, até, nalguns casos, disruptiva, para garantir melhoria do rendimento”.

A melhoria dos rendimentos não deve ser “só fundada no aumento da produção”, defendeu, “mas sim na qualidade” do produto e pode resultar “do preço”, mas também pode “resultar dos auxílios de subvenção pública e comunitária, que têm a ver com a política estratégica europeia para manter os preços a custos suportáveis pelos consumidores”.

Do lado da produção, Pedro Tavares, presidente da Unileite – União das Cooperativas Agrícolas de Laticínios da Ilha de São Miguel, adiantou que é “pretensão” da administração aumentar o preço pago ao produtor, mas, “no momento, não é possível”.

“Mas, assim que for possível, a Unileite está na linha da frente, como sempre esteve, para avançar com o aumento [do preço pago ao produtor] da matéria-prima”, acrescentou.

A fábrica está a funcionar “quase no seu máximo” de capacidade e “todo o leite recolhido é transformado”, garantiu o dirigente.

Quanto às dificuldades de escoamento do produto, Pedro Tavares afirmou que não se vive “uma crise muito acentuada”, mas que a diminuição se deve “aos aumentos da produção e à retração da economia”, particularmente com a quebra no turismo, que impactou o “canal Horeca” (hotéis, restaurantes e cafés).

“Os produtos lácteos já tinham uma boa percentagem de consumo nesse canal, no canal Horeca, e não sabemos quando vai acontecer a retoma, mas estamos preparados para, quando houver a retoma, avançarmos. Só aí é que se pode ver a situação e o que se pode fazer com os produtores”, referiu.

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here