O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, que vai ser reeleito líder dos sociais-democratas açorianos, disse hoje estar “disponível para consensos”, mas sem ceder nos valores do partido, enaltecendo as “mudanças de paradigma” promovidas pela governação regional.
“Estou disponível para os consensos. Disponível para a harmonização em função da estabilidade. Nunca em submissão ou cedência aos principais valores da social-democracia que prezo muito e que valorizo”, afirmou.
Bolieiro falava aos jornalistas na sede do partido em Ponta Delgada, após ter votado nas eleições para a presidência do PSD/Açores, em que é o único candidato.
O também líder do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) rejeitou qualquer “afastamento” da matriz ideológica do partido, apesar das críticas da oposição à aprovação de uma resolução do Chega que recomenda ao executivo que altere as regras de admissão nas creches, dando prioridade a crianças com pais trabalhadores.
“O PSD é um partido personalista, humanista, interclassista e intergeracional. Eu sou exatamente a matriz e a razão dessa estrutura que ofereci na minha agenda de governação”, reforçou.
O social-democrata, que vai partir para um terceiro mandato na liderança do PSD/Açores, considerou que a sua eleição é a “demonstração de que o partido está unido”.
“É uma demonstração de que estamos unidos e que temos a oferta de um projeto credível para os Açores, consistente e ambicioso. Estamos a fazer mudanças de vários paradigmas no social, na economia e na cultura”, reforçou.
Sobre as eleições autárquicas, Bolieiro disse “exortar às possibilidades de candidaturas em coligação” PSD/CDS-PP/PPM, mas remeteu a decisão para as estruturas concelhias dos partidos.
“Garanto aos meus parceiros a honra à palavra dada e um compromisso que tem sido, sobretudo, um exemplo de coesão, de pluralidade interna, mas de um projeto comum para desenvolver os Açores e governar com estabilidade”, vincou.
As eleições para a liderança do PSD/Açores estão a decorrer durante o dia de hoje.
José Manuel Bolieiro foi eleito pela primeira vez líder dos sociais-democratas açorianos em 2019, tendo sido reeleito em 2022, já depois de, em 2020, ter alcançado a presidência do Governo Regional.
Lusa
