“Congratulamo-nos com esse reforço de meios que o senhor general deixou aqui patente, com enorme expetativa”, declarou José Manuel Bolieiro, que recebeu, no Palácio de Sant’Ana, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa (FAP), general João Cartaxo Alves, em audiência de cumprimentos.
João Cartaxo Alves anunciou “a implementação de tempos mais prolongados de aeronaves dedicadas a essa área, justamente com a intenção de fiscalizar e verificar essas atividades” na subzona dos Açores da ZEE.
O chefe do executivo açoriano destacou a importância deste reforço de fiscalização da FAP na perspetiva de salvaguarda dos “recursos marinhos e da atividade legal das pescas”.
José Manuel Bolieiro sublinhou, por outro lado, o “quadro estratégico que se está a desenvolver”, no âmbito do projeto ‘Blue Ocean’, com a futura criação, “a implementar o mais depressa possível, até final de 2023, das áreas de reservas marinhas protegidas”.
O projeto, disse, conta com FAP, através do “empenhamento dos seus meios na fiscalização”, na concretização deste objetivo.
“Atingir essa meta, que faz parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, da Agenda 2030 da União Europeia, que estamos a antecipar para 2023, só faz sentido se tivermos capacidade de fiscalização para o cumprimento e efetiva proteção dessas áreas de reserva marinhas protegidas nos mares dos Açores”, considerou Bolieiro.
O líder do Governo Regional, que destacou o papel da FAP na crise sismovulcânica em São Jorge, referiu que aquela força tem sido crucial na deslocação de doentes interilhas e para o continente.
“Foram realizadas mais de 335 missões no ano passado”, a par do transporte de cerca de 400 doentes, o que “corresponde a mais de metade do transporte que a FAP faz no país”, disse.
O chefe de Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa, para além do anúncio do reforço de horas de voo das aeronaves na fiscalização nos Açores, considerou que a receção da nova aerogare de transporte estratégico, a partir de março de 2023, terá um “vetor muito importante para os Açores” ao nível das “evacuações aeromédicas”, uma vez que “permite já muitos mais doentes com capacidade de bancadas médicas especialmente dedicadas”.
Lusa