Cerca de dez alunos da escola Roberto Ivens, em Ponta Delgada, foram hoje socorridos pelos bombeiros devido a indisposições causadas por cheiro a combustível, que a Proteção Civil garante vir do porto da cidade e não representar perigo para a população.
“Houve umas crianças que se sentiram indispostas devido ao cheiro e foram prontamente socorridas pelos bombeiros de Ponta Delgada. Não há nenhuma fuga de gás. É simplesmente uma trasfega de combustível que decorre semanalmente ou de 15 em 15 dias no porto de Ponta Delgada”, afirmou à Lusa Carlos Enes, da Proteção Civil dos Açores.
Carlos Enes explicou que quando se enchem os tanques de combustível é libertado o ar que está lá dentro e que contém cheiros “como é normal” e por ação do vento, “que hoje está Sul, foram transportados para a cidade”.
“Foram feitas medições na Escola Roberto Ivens e na zona junto à SATA [sede da companhia aérea], onde se detetou esse cheiro, que parecia ser gás. Está tudo normal, inclusive houve uma rotação do vento e penso que já não há cheiros na cidade de Ponta Delgada”, afirmou o responsável da Proteção Civil.
Recentemente, o cheiro a combustível também foi sentido na freguesia de S. Pedro, em Ponta Delgada, essencialmente em duas escolas profissionais localizadas junto à marginal da cidade, tendo sido levantada a suspeita de fuga de gás, que acabou por não se confirmar.
“Não há qualquer tipo de perigo para a população. Inclusive e só por descargo de consciência foram feitas novamente medições do ar, que revelaram que nada oferece perigo à população”, revelou Carlos Enes.
Fonte da Escola Roberto Ivens adiantou que o estabelecimento de ensino, onde estudam 800 alunos em 42 turmas, nunca encerrou e que apenas se registaram indisposições em cerca de dez alunos de duas turmas.
A Lusa tentou obter um esclarecimento da parte da administração da Portos dos Açores, mas sem sucesso até ao momento.
Lusa