British Airways e Iberia interessadas na TAP

A International Airlines Group (IAG), empresa que engloba a British Airways e a Iberia, está interessada na privatização da TAP, uma oportunidade de negócio que aparece “uma vez na vida”, disse em entrevista à Bloomberg o presidente executivo, Willie Walsh.
A TAP “é particularmente interessante para nós devido à sua rede para o Brasil. Queremos assegurar que teremos uma posição forte no que será a economia global no futuro”, disse Willie Walsh, em entrevista à agência de informação financeira Bloomberg, em São Paulo, no Brasil.

Apesar de considerar que “o momento não é o ideal” para fazer aquisições, o responsável admite que a possibilidade de comprar a totalidade da TAP é uma oportunidade que aparece “uma vez na vida”.

O presidente executivo IAG confirmou, assim, uma vez mais o interesse da empresa que dirige em entrar no capital da TAP. No início de Agosto, o responsável já tinha feito declarações semelhantes ao jornal inglês The Times.

A TAP faz parte da lista das empresas a privatizar, de acordo com o memorando de entendimento assinado entre o Governo e a ‘troika’, sendo que o calendário acordado prevê que o processo avance até ao final deste ano, caso estejam reunidas as condições consideradas necessárias.

A British Airways e Iberia, que concluíram a sua fusão em Janeiro, voam para quatro cidades brasileiras, enquanto a TAP voa para oito destinos no Brasil e é a principal transportadora entre a Europa e aquele país.

O Brasil é actualmente uma economia em forte crescimento que luta contra uma inflação elevada impulsionada pelo aumento do consumo, inclusivamente de viagens aéreas.

A procura dos consumidores por viagens aéreas também se tem mantido elevada à custa da valorização do real, que cresceu 47 por cento face ao dólar desde o início de 2009.

Questionado sobre o aumento dos preços dos bilhetes de avião face ao crescimento dos custos relacionados com o petróleo, o responsável afirmou que esse caminho deverá ser inevitável.

“Os preços terão de aumentar ainda mais se as companhias aéreas quiserem ser capazes de recuperar do aumento significativo dos preços do petróleo”, disse Walsh.

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