Caça interdita na ilha de São Miguel devido a doença no coelho bravo

Foi interdita a caça em toda a ilha de São Miguel a partir 8 de agosto, devido ao surgimento de um novo foco do surto da Doença Hemorrágica Viral (DHV) no coelho bravo, decisão essa que resultou da posição unanime recolhida durante a reunião do Conselho Cinegético de São Miguel, realizada na quarta-feira, que contou com a presença de representantes da Associação Agrícola de S. Miguel, Associação de Jovens Agricultores, Associação de Caçadores de Vila Franca do Campo, Associação Micaelense de Caça, Associação Portuguesa de Falcoaria e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

A Direção Regional dos Recursos Florestais  fará, segundo acordado na reunião, um novo ponto de situação em setembro, logo que existam dados da monitorização em curso e o surto seja dado como extinto, podendo nessa altura proceder-se à revisão do calendário venatório, no sentido de ajustar a pressão de caça de acordo com os resultados da monitorização.

Apesar desta interdição da caça em toda a ilha de S. Miguel continua a ser possível recorrer a correções de densidade sempre que a abundância das espécies cinegéticas cause prejuízo nas culturas agrícolas.

A portaria que determina a interdição da caça em São Miguel será publicada amanhã em Jornal Oficial, prevendo também a proibição da libertação de cães de caça em qualquer tipo de terrenos onde exista ou ocorra fauna cinegética.

A nova variante da DHV chegou aos Açores em finais de 2014, sendo o vírus transmitido por contacto direto entre coelhos doentes, contacto com material orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vetores vivos e de objetos contaminados, podendo os caçadores e os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.

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