Reabriu este sábado o Monumento Natural da Caldeira Velha, situado na Ribeira Grande, ilha de São Miguel, depois de concluídas várias obras de beneficiação e com um novo modelo de gestão implementado pela Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza – AZORINA.
Procurada por muitos visitantes que pretendem usufruir das suas águas férreas, rodeados por uma natureza exuberante, envolvida por cascatas e canais de água quente, a Caldeira Velha passa agora a dispor de entradas gratuitas aos residentes nos Açores, sendo a validação da residência realizada através do Cartão de Cidadão.
Marta Guerreiro, Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo, que falava durante uma visita a este Monumento Natural da Caldeira Velha, adiantou que esta medida será generalizada a todos os centros ambientais e áreas protegidas dos Açores a partir de 1 de abril, tratando-se da concretização de “uma medida anunciada pelo Presidente do Governo Regional e tem como grande objetivo beneficiar quem vive nos Açores”, clarificou.
“Acreditamos que o modelo de desenvolvimento turístico alicerçado em critérios de sustentabilidade tem que privilegiar as pessoas, devendo, por isso, haver um equilíbrio entre as vantagens de quem nos vista e as vantagens de quem cá está”, sustentou a titular da pasta do Turismo, salientando que “são os Açorianos que conferem identidade e autenticidade ao destino turístico”, sendo natural que “possam beneficiar de todas as vantagens que este desenvolvimento tem propiciado e usufruir, quer de todas as ofertas informativas destes espaços, quer dos serviços que lhes são inerentes”.
No período em que esteve encerrada, a Caldeira Velha beneficiou – em termos de obras físicas, de uma limpeza e a impermeabilização dos fundos dos tanques, da construção de uma nova zona de banhos, o aumento do número de vestiários, de três para 10, e da instalação de 90 cacifos para promover maior conforto a quem visita este monumento natural. Ainda segundo Marta Guerreiro, a intervenção incluiu a “remoção de muitas espécies invasoras e árvores de grande porte em zonas de risco, paralelamente à plantação de mais de 3.000 plantas endémicas”.
O novo modelo de gestão passará a limitar a permanência a 250 pessoas em simultâneo, com um limite máximo de duas horas para a visitação, e avança desde já com uma atualização de preços, onde será possível adquirir bilhetes para visitação simples – apenas de visita ao monumento natural e que custará três euros, ou para visitação completa, que inclui visita e banhos, por oito euros, com descontos para famílias, crianças, seniores e jovens.
Para o controlo de entradas, Marta Guerreiro afirmou que um sensor já instalado na entrada do espaço permitirá identificar, a cada momento, o número de visitantes que estão na Caldeira Velha, sendo que, “a partir do momento em que esta informação ficar disponibilizada no site dos parques naturais, quem pretender deslocar-se à Caldeira Velha conseguirá perceber, naquele momento, como estará a sua ocupação”.
O Monumento Natural da Caldeira Velha foi classificado em 2004 e integra, desde 2008, o Parque Natural de São Miguel, tendo o seu Centro de Interpretação sido inaugurado em 2013, enquanto estrutura vocacionada para a promoção do património natural e apoio aos visitantes da área protegida.
Açores 24Horas