Câmara do Comércio diz que Construção está “num fosso”

A Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) defendeu hoje que “continuam a ser necessárias obras públicas de dimensão adequada a soluções regionais”, alertando que a construção civil “continua mergulhada num fosso com saída muito difícil”.

“Trata-se de um setor importante para a economia dos Açores, pelo que continuam a ser necessárias novas medidas”, afirmou o presidente da CCIPD, que hoje divulgou um comunicado de balanço de fim de ano e perspetivas para 2011, na sequência de uma reunião da direção da instituição, que classifica 2010 como “um ano de elevada turbulência económica e financeira”.

Segundo Mário Fortuna, além das obras públicas é também importante pensar-se “em novas formas de aliviar a restrição do acesso ao crédito pelos particulares, já que uma das actividades predominantes do setor é a construção de habitações próprias”.

A instituição defende ainda “um programa significativo centrado na reconversão dos centros das zonas urbanas comerciais e habitacionais, uma medida reivindicada ao longo de 2010 e agora anunciada pelo Governo da República”.

No caso dos transportes marítimos, a CCIPD defende a criação de “um centro logístico centrado em Ponta Delgada”, ilha de S.Miguel, alegando que aquele porto “é gerador de mais de 60 por cento de toda a carga destinada a ou com origem nos Açores”.

Entre as medidas “positivas” do ano que está a terminar, a CCIPD destaca “a revisão do modelo de transportes aéreos, o prolongamento das amortizações de dívidas contraídas para investimentos, particularmente no setor do turismo, mas a instituição mantém-se “muito apreensiva quanto à capacidade de sobrevivência de muitas empresas daquele setor, apesar dos primeiros indícios de inversão de tendência de quebra no turismo”.

“As evoluções positivas registadas na adaptação dos sistemas de incentivos” são também uma medida positiva para a CCIPD que defende “novas adaptações particularmente importantes para as áreas comerciais urbanas que necessitam de novas intervenções”.

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