Campanha arranca hoje em Évora para mostrar que se pode comer bem por um euro

gastronomia-cozinha-restauranteUm chefe de cozinha vai hoje ao mercado de Évora comprar ingredientes para confecionar uma refeição que custará um euro, no arranque de uma campanha que visa mostrar aos portugueses que é possível comer bem e barato.

No âmbito da campanha “Comer Bem é Mais Barato”, um grupo de nutricionistas e especialistas em custos elaborou um conjunto de “receitas completas e equilibradas”, pelo valor de um euro, para tornar mais eficiente a qualidade nutricional e a economia alimentar das pessoas.

A coordenadora científica da campanha, a endocrinologista Isabel do Carmo, explicou que em tempos de crise, há “um grande setor da população” que vive com “o dinheiro à tira”. “Então, que gastem o menos possível nos alimentos, mas que façam a escolha acertada”, incentivou a médica.

A campanha “Comer Bem é Mais Barato”, criada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP e SIC e com o apoio da DECO e da Associação Portuguesa de Nutricionistas, quer contribuir para a mudança de atitudes e de comportamentos alimentares das famílias portuguesas e da população em geral.

A mensagem começa hoje a ser transmitida em sete cidades do país, com Évora a acolher o arranque destas ações de proximidade que, até 04 de junho, passam ainda por Lisboa, Porto, Coimbra, Viana do Castelo, Faro e Santarém.

As ações incluem sessões a cargo de um chefe de cozinha, o “chef” André, para demonstrar que as receitas podem ser passadas à prática.

Em Évora, por exemplo, segundo Isabel do Carmo, o chefe irá, primeiro, ao mercado “fazer as boas escolhas” no que toca à compra de ingredientes e aconselhar as pessoas.

Depois, no stand da campanha, vai utilizá-los para confecionar ementas simples e nutricionalmente completas, por apenas um euro, numa sessão aberta ao público.

“É mais barata uma dose por pessoa de sopa, carapaus e, depois, uma peça de fruta do que um pacote de batatas fritas, que tem tudo quanto é mau. Tem gordura, sal, muitas calorias e é muito pobre nutricionalmente”, apontou.

Conselhos que, se forem respeitados, sobretudo em época de crise, vão permitir “fazer um orçamento para alimentação dentro de uma grande contenção, mas suficiente sob ponto de vista de nutrientes”, assegurou.

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