Marta Guerreiro assinalou que a Ryanair “apenas” comunicou ao Governo Regional um “acerto” no “número de voos” em algumas rotas nos meses de setembro e outubro: “Apenas isso foi-nos dado nota. Não temos indicações nenhumas de mais nada. Tudo o resto é mera especulação”, declarou.
A governante falava à margem da apresentação de um projeto para a qualificação do parapente nos Açores, que decorreu hoje na Lagoa das Sete Cidades, em Ponta Delgada.
Nas últimas semanas tem sido veiculada a possibilidade de a Ryanair deixar de voar para a ilha Terceira, onde atualmente é a única companhia área de baixo custo a operar, tendo ligações durante todo o ano a Lisboa e Porto e voos sazonais para Londres.
A companhia aérea cancelou várias ligações programadas em setembro e outubro da Terceira para Porto e Lisboa e na página da internet não é possível marcar voos a partir de janeiro de 2021.
Sobre a operação turística de Verão nos Açores, a secretária regional disse ser “difícil” falar em “satisfação” num contexto de pandemia da covid-19, mas realçou que o turismo interno no arquipélago tem feito a “diferença” sobretudo nas “ilhas de menor dimensão”.
“É difícil num ano como este falar em satisfação. Acho que nós temos vindo a gerir da melhor maneira o contexto com o qual somos confrontados e dentro deste contexto eu acho que o que nos pode dar alguma satisfação é a resposta interna”, afirmou.
Sobre o cancelamento da edição 2020 do Azores Rallye, Marta Guerreiro disse que compreender a decisão, porque “estão em causa questões de segurança e saúde pública”.
O Azores Rallye, prova pontuável para o Campeonato Europeu de Ralis (ERC), marcado para setembro, em São Miguel, foi cancelado devido à “falta de meios” para garantir a ausência de público devido à covid-19, confirmou a organização na segunda-feira.
Marta Guerreiro apresentou hoje um painel que permite identificar os locais de saída e partida para a prática do parapente, modalidade inserida no plano estratégico de turismo dos Açores e que “carecia de alguma dinamização”.
“Esta era uma necessidade que nós sentíamos. Marcar locais de voo, com painéis em locais de aterragem e descolagem, que permitem a quem pratica esta atividade ter condições de segurança”, assinalou a secretária regional.
Na ocasião, o presidente do Clube Asas de São Miguel, João Brum, destacou que a rede de painéis vai contemplar “todas as ilhas do arquipélago” e considerou o projeto “muito importante” para aumentar a “segurança” dos praticantes e para identificar as “regras” nas zonas que são “propriedades privada”.
Lusa