O socialista Carlos César abandona até ao final de Janeiro a liderança do PS/Açores, cargo que exerceu durante 19 anos, para provavelmente passar a ser o primeiro Presidente Honorário do partido nas ilhas, uma figura “sem poderes executivos”.
“Em geral nos partidos há este cargo, que é de certa forma um cargo sem poderes executivos, tal como está formulado nos estatutos do PS/Açores”, afirmou Carlos César em entrevista à agência Lusa, que a 30 de Outubro de 1994 foi eleito presidente do PS/Açores, com 92% dos votos.
O PS/Açores convocou para 11 e 12 de Janeiro as eleições directas para eleger o substituto de Carlos César na liderança do partido, estando até ao momento na corrida apenas um candidato, Vasco Cordeiro, actual presidente do Governo Regional dos Açores.
Carlos César recordou que o PS a nível nacional tem dois presidentes honorários, Maria de Belém e Almeida Santos, que “não são propriamente uma segunda liderança do partido”.
A primeira figura do Presidente Honorário do PS açoriano será eleita, por voto secreto, no congresso regional dos socialistas açorianos, a decorrer na cidade da Horta, ilha do Faial, entre 25 e 27 de Janeiro.
“Para ser Presidente Honorário do PS/Açores é preciso que eu seja proposto para este lugar, que eu aceite ser proposto e depois seja aceite pelos socialistas”, disse Carlos César, recusando, para já, confirmar a possibilidade de vir a ser o primeiro presidente honorário do PS/Açores.
O artigo 38.º dos estatutos do PS/Açores, aprovados em reunião da Comissão Regional em Novembro de 2012, atribui ao presidente honorário a responsabilidade de presidir ao Congresso Regional e à Comissão Regional, tendo também assento em todos os demais órgãos do partido com excepção, quanto ao direito de voto, do Secretariado Regional, da Comissão de Jurisdição e da Comissão Regional de Fiscalização Económica e Financeira.
“O meu futuro como militante cívico, como activista político, como militante do PS é onde e quando as circunstâncias aconselharem que eu devo agir em benefício dos meus concidadãos”, limitou-se a dizer Carlos César.
Lusa