Para Carlos César, que também é presidente do PS/Açores, só o facto de existir uma “dúvida” quanto ao lugar do candidato açoriano na lista do PSD “não é um bom sintoma” e representa uma “desconsideração” ao PSD/Açores e aos açorianos.
Depois de recordar que não é do PSD, nem deseja o sucesso desta força política adversária, o líder socialista regional frisou que “seria muito desagradável para os Açores que um partido com as tradições que os social-democratas têm deixe de ter um deputado europeu”.
“Seria uma desconsideração para todos nós açorianos”, afirmou Carlos César, que falava aos jornalistas no Palácio de Santana, sede do Governo Regional dos Açores.
As declarações do chefe do governo e líder dos socialistas açorianos surgem depois de terem sido divulgadas informações que apontavam para a colocação de Duarte Freitas no décimo lugar da lista social-democrata candidata ao Parlamento Europeu nas eleições marcadas para 7 de Junho.
A colocação num lugar de eleição muito difícil, estaria a gerar alguma tensão entre as estruturas regionais e nacionais do partido, já que nas anteriores eleições europeias Duarte Freitas ocupou o sétimo lugar de uma lista que elegeu sete candidatos.
Contactada pela Lusa, uma fonte do PSD/Açores considerou ser prematuro pronunciar-se sobre a colocação do candidato da região na lista para o Parlamento Europeu, recordando que o processo ainda está a decorrer.
“O processo ainda está a decorrer, as listas ainda não estão fechadas”, afirmou a fonte, admitindo que os social-democratas açorianos têm a “expectativa” de incluir o candidato da região num lugar elegível.