Carlos César acusa PSD de se ter “acobardado” no parlamento regional

O presidente do PS/Açores, Carlos César, acusou hoje o PSD de se ter “acobardado” no parlamento regional, impedindo um debate sobre a questão das ajudas de custo depois de ter lançado “calúnias” relacionadas com esta matéria.

“Nas últimas semanas, o PSD não quis saber de emprego, nem de empresas, nem de problemas sociais e económicos, não fez uma única proposta, limitou-se a denegrir pessoas, a desferir ataques pessoais, a fazer calúnias e depois, chegado ao parlamento, acobarda-se, não diz o que está em causa e recusa um debate amplo sobre esta matéria”, afirmou Carlos César.

O líder regional socialista, que falava aos jornalistas na Horta, Faial, à entrada para uma reunião do Secretariado Regional do PS/Açores, destacou a importância do novo regime de ajudas de custo para os titulares de cargos políticos que hoje foi aprovado na Assembleia Legislativa, mas frisou que o que existia era utilizado por todos e não apenas pelos atuais titulares.

“O que alguns estavam a usufruir em termos de ajudas de custo é o que a lei lhes permite em termos de direitos e regalias, é o que membros do Governo do PSD também usufruíam e que deputados do PSD, que estão ali sentados (no parlamento) a chamar-nos caloteiros também usufruem na sua própria ilha quando se deslocam cinco quilómetros para participar numa comissão parlamentar”, frisou.

Para Carlos César, os sociais-democratas, ao optarem por não debater esta questão no parlamento regional, “foi isto que quiseram omitir”, acrescentando que “quiseram que acabasse depressa, para que não se percebesse que o que existe é um regime a que as pessoas têm direito de aceder”.

Na sessão desta manhã do plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, o novo regime das ajudas de custo dos titulares de cargos políticos, proposto pelo PS, foi aprovado por unanimidade, sem qualquer debate, por nenhum deputado ter pedido a palavra para intervir sobre a matéria.

Carlos César salientou ainda que esta foi uma “oportunidade para melhorar a legislação e impedir situações que possam parecer mal perante a opinião pública ou ser desconformes com dificuldades que outros setores têm”.

“Foi importante ter havido unanimidade com a proposta do PS, que não foi só para os membros do governo, mas para todos os titulares de cargos políticos. O que PSD pretendia era impedir que este regime de ajudas de custo fosse acessível aos membros do governo, mas fosse acessível aos deputados”, frisou, referindo-se à proposta apresentada pelos social-democratas, que acabou por ser rejeitada no parlamento.

Carlos César acusou o PSD/Açores de “só estar interessado na calúnia e no ataque pessoal”, alegando que isso resulta do facto de os sociais-democratas “já saberem que não vão ganhar as eleições” regionais previstas para outubro.

“É um partido incapaz de formular uma alternativa, mas demasiado afoito e audaz a caluniar e a fazer ataques às pessoas e à vida das pessoas”, frisou.

 

Lusa

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