Carlos César considerou muito produtivo o encontro que hoje teve, em Lisboa, com o Presidente da República, “sobretudo pelo diálogo que foi possível desenvolver a propósito das questões que são agora mais emergentes nos Açores e que dizem respeito aos impactos negativos da crise económica internacional.”
Falando no final de uma audiência de quarenta minutos com Cavaco Silva, o presidente do Governo dos Açores – sublinhando embora que a crise chegou mais tarde à região e que se está a fazer um esforço no sentido de ultrapassá-la mais cedo – disse haver sectores atingidos com particular intensidade, como os da construção civil e outros com maior dependência da liquidez das instituições bancárias.
“Nós achamos que este semestre ainda será um semestre de grande complexidade nos Açores, em que ainda perderemos empresas e perderemos empregos”, afirmou Carlos César, para quem o comportamento positivo registado em 2008, com o aumento da população empregada em cinco mil pessoas – o que, extrapolado para a realidade nacional, significaria mais de 200 mil novos postos de trabalho – não anula as dificuldades que sabe existirem em alguns sectores económicos.
“Foi a esse propósito que, conversando com o senhor Presidente da República, dei conta das medidas que temos tomado para evitar que essa situação se agrave e também transmiti-lhe a nossa esperança de que, a partir de meados deste ano, do ponto de vista económico, social e de emprego, nós possamos recuperar e ter os primeiros indícios de um percurso no sentido inverso”, realçou.
Reforçando a ideia de que os Açores, graças à boa saúde das finanças públicas, têm disponibilidade para iniciar e desenvolver programas de combate à crise, recordou o anunciado reforço, em 10%, do investimento público na região e revelou ter recolhido, do Presidente da República, sugestões para prosseguir e intensificar o combate às dificuldades actuais.
Carlos César destacou não só o papel institucional de Cavaco Silva, mas igualmente a sua formação técnica na área das finanças, para dizer que, na conversa que manteve com o Presidente da República, a análise da situação económica actual nos Açores aconselha a especial atenção a questões sociais que podem resultar da redução de mão-de-obra e consequente baixa de rendimento das famílias.
“Foi uma conversa muito interessante, muito produtiva e muito pedagógica, concluiu o presidente do Governo.
