“Acho muito bem (que o ministro da Defesa tenha aberto um processo de inquérito), mas isso é um problema do governo da República e não do governo regional”, afirmou Carlos César.
Na perspectiva do presidente do governo regional, o ministro da Defesa, Severiano Teixeira “não gostou muito da forma como os Estaleiros (Navais de Viana do Castelo) geriram o caso e quer apurar responsabilidades”.
Carlos César, que falava aos jornalistas à margem da inauguração do Porto de Vila Franca do Campo, comentava a decisão do ministro da Defesa de abrir um processo de inquérito à Empordef para “esclarecer cabalmente todos os factos relacionados com a construção do navio Atlântida”.
O navio foi construído pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para o transporte de passageiros entre as ilhas do arquipélago dos Açores, mas o governo regional acabou por o rejeitar devido a deficiências que foram detectadas.
A realização do inquérito foi anunciada sexta-feira pelo ministro da Defesa, já que os estaleiros pertencem à Empordef, que é a holding estatal para o sector.
No mesmo dia, foi conhecida a decisão do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) de não aprovar a certificação do segundo navio em construção dos Estaleiros de Viana do Castelo destinado ao transporte de passageiros entre as ilhas açorianas.
Carlos César também comentou esta decisão, mas remeteu o anúncio de uma decisão para outra ocasião.
“O governo regional, em função da apreciação que é feita pelo IPTM, vai tomar as decisões adequadas”, afirmou, referindo-se ao processo do navio ‘Anticiclone’.
O Governo Regional dos Açores vai apresentar terça-feira uma comunicação ao Parlamento Regional para esclarecer a sua posição relativamente ao processo de construção do navio ‘Atlântida’, que culminou com a sua rejeição.
Lusa