“Não esperamos que o governo faça mais do que aquilo que se comprometeu a fazer em S. Jorge”, afirmou João Oliveira, presidente do Conselho de Ilha, recordando que os memorandos enviados ao governo nos últimos quatro anos “continuam atuais, exceto no reduzido número de obras realizadas”.
Por essa razão, para a reunião com o executivo regional, a última desta legislatura, em vez de apresentar uma “lista de obras por fazer”, o Conselho de Ilha pediu ao governo para dizer “o que pretende fazer até ao fim da legislatura”, que ocorrerá em outubro.
A reunião foi, por isso, preenchida em grande parte com os membros do executivo açoriano a apresentarem as principais obras realizadas em S. Jorge.
Na sua intervenção inicial, Carlos César destacou a importância das reuniões com o Conselho de Ilha no quadro das visitas estatutárias, que servem para “recolher sensibilidades e corrigir trajetórias”, mas frisou que não se pode esperar mais este ano por ser o último da legislatura.
“A região não começa de quatro em quatro anos, da mesma forma que a realidade também não aparece de quatro em quatro anos, surge quando menos se espera”, frisou, salientando os efeitos não esperados da atual crise.
Nesse sentido, referiu que “a realidade orçamental mudou as prioridades”, que estão agora centradas no “apoio às empresas e às famílias carenciadas”.
“Adiamos uma estrada para apoiar uma empresa ou adiamos um empreendimento habitacional se for preciso apoiar uma família em risco”, frisou Carlos César.
O presidente do Governo dos Açores afirmou que “não há disponibilidade para grandes gastos”, mas destacou que os Açores “não estão na mesma situação que a Madeira, que teve que suspender todas as obras públicas”.
Lusa