O Governo dos Açores vê com preocupação o aumento da taxa de desemprego na Região revelado hoje por dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística.
O desemprego regional – de 6,7 por cento, longe dos 8,9 por cento da média nacional e colocando os Açores, a par da Região Centro, como a região com menor taxa – ainda assim cresceu, apesar de se ter registado, em simultâneo, um aumento da população empregada.
“É verdade que nós somos a região do país que mais cresceu em população empregada. Por mais extraordinário que pareça, embora o desemprego tenha crescido nos Açores, a variação entre o primeiro trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2009, em termos de população empregada, é de mais 3.179 pessoas, o que significa que foram criados, certamente, mais de quatro mil postos de trabalho”, realçou o presidente do Governo .
Referindo que muitas pessoas não estavam declaradas como empregadas, sobretudo no sector da construção civil, e começaram a acorrer aos serviços oficiais à procura de trabalho, concluiu pela necessidade de se criar, por isso, ainda mais empregos.
“A nossa preocupação, ao vermos estes indicadores, é a de, em primeiro lugar, ajudar as nossas empresas a cuidar dos seus empregados, a cuidar dos seus empregos”, assegurou Carlos César, para quem o Governo se propõe intervir caso a caso para melhorar as condições de actividade das empresas, tomar medidas de apoio às famílias atingidas pelo desemprego e reforçar o investimento público e o apoio ao investimento privado.
Recordando que em Janeiro previra que os Açores perderiam ainda empresas e empregos no primeiro semestre deste ano, o presidente do Governo afirmou que se surpreenderá “se, no segundo semestre deste ano, não houver uma inflexão e não começarmos uma retoma em consequência das medidas que entretanto já tomámos.”