Carlos César espera colaboração “activa” de Cavaco Silva

O presidente do Governo Regional dos Açores afirmou esperar de depois de uma visita de cinco dias ao arquipélago, que hoje conclui, o presidente Cavaco Silva “diligencie de forma ativa” a solução dos problemas regionais.

Espero que depois desta visita, o Presidente da República “possa diligenciar connosco de forma ativa e não apenas [através] da constatação” na procura formas de resolver os problemas regionais, referiu Carlos César, na inauguração de um novo troço de estrada incluído no projeto SCUT da ilha de S. Miguel.

Uma intervenção dessa natureza permitirá tornar a visita ao arquipélago “mais útil e com melhor repercussão para os nossos empresários, para as nossas empresas e para a nossa economia”, considerou Carlos César.

Sobre a deslocação do Chefe de Estado às ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores, Covo e S. Miguel, iniciada na terça-feira, Carlos César disse também lamentar que Cavaco Silva “não tivesse trazido na sua extensa comitiva alguns empresários que pudessem também ajudar e concorrer para o desenvolvimento” do arquipélago e lamentou ainda que o chefe de Estado não tenha tido oportunidade de “falar mais com as pessoas, apercebendo-se mais das aspirações”.

Apesar de reiterar ter-se tratado de uma visita “muito positiva”, disse ainda ter “pena que o PR não pudesse contactar as organizações empresariais e sindicais” locais.

Embora sem se referir explicitamente às criticas do PSD/Açores sobre o agendamento da cerimónia de inauguração do troço de estrada de 2,5 quilómetros para o último dia da visita presidencial, Carlos César sublinhou que na semana em que o Presidente esteve no arquipélago decorreram várias iniciativas do género.

“Esta semana foi mais um exemplo do dinamismo que temos mantido e que nos distingue felizmente no país”, afirmou, criticando também o facto de o presidente do Governo Regional da Madeira ter omitido a situação dos Açores em declarações acerca da dívida portuguesa.

“O dr. Alberto João Jardim, em defesa da Madeira, disse que a dívida pública madeirense não excedia os 60 por cento do produto interno bruto (PIB) regional, enquanto a dívida nacional excedia os 100 por cento, o que se esqueceu de dizer é que a dívida direta dos Açores não excede os nove por cento do PIB”, declarou.

Carlos César anunciou ainda que o Orçamento Regional de 2012 já prevê o pagamento de encargos com a realização do projeto SCUT de S. Miguel, que ficará concluído até final do ano e que implicou a correção ou construção de 93 quilómetros de vias.

Garantiu, ainda, que os Açores vão continuar a fazer o “que é útil o que é necessário, com o que podem pagar”, acreditando que “uma região e um governo honrados são um capital para o futuro e não um motivo de inveja para os órgãos de soberania”.

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