Carlos César anunciou a sua decisão no início do jantar de final de legislatura da bancada do PS com a presença do primeiro-ministro, António Costa, da maior parte dos ministros do atual Governo, do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e do líder do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.
“Não serei de novo candidato a deputado pelo círculo eleitoral pelos Açores, nem, evidentemente, por qualquer outro círculo eleitoral, até por causa de um pequeno problema que, para mim, é uma grande virtude: É que sou incorrigivelmente açoriano”, declarou.
Carlos César alegou a necessidade de renovação política do PS “após 40 anos de empenhamento político e cívico” e justificou o momento em que comunicou esta sua decisão pelo facto de, no sábado, os socialistas açorianos escolherem os seus candidatos a deputados às próximas eleições legislativas.
“Esta é uma decisão que tomei desde os primeiros momentos de 2015, que reiterei junto do secretário-geral [António Costa] em vários momentos, designadamente em fevereiro do ano passado”, disse.
Na altura António Costa afirmou que percebe e respeita a decisão de Carlos César de abandonar o parlamento na próxima legislatura e disse que a “determinação” do líder da bancada socialista venceu o seu otimismo.
“Sempre tive uma enorme admiração por Carlos César, sobretudo pela sua assertividade. Os Açores são hoje um dos grandes bastiões do PS”, comentou, num jantar em que esteve presente o presidente do Governo Regional açoriano, Vasco Cordeiro.
O líder socialista salientou a seguir que o PS poderá contar com Carlos César como presidente do partido.
“Por isso, não é uma retirada da política, ainda que seja uma retirada da Assembleia da República. Tenho a certeza de que estes quatro anos não teriam sido possíveis sem o conselho, a palavra, o aviso e a atenção do Carlos César”, considerou.
Açores 24Horas c/ Lusa