Carlos César quer regiões autónomas unidas acerca de sobretaxa extraordinária

O presidente do Governo açoriano considerou hoje “importante que as regiões autónomas estejam unidas” no objetivo de conseguirem que lhes sejam atribuídas as receitas do imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal nelas cobrado.

Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, Carlos César declarou, por isso ter gostado “do apelo de Aberto João Jardim [seu homólogo madeirense] a Cavaco Silva” alertando o presidente da República para a eventual inconstitucionalidade do diploma que sobre a matéria lhe seja submetido.

Questionado sobre a hipótese de vir a suscitar a inconstitucionalidade de um diploma que retire às regiões uma receita que os presidentes dos governos dos Açores e Madeira considera próprias, disse ser um problema que a seu tempo “vamos ver”.

“Ainda não existe nenhum diploma, mas uma proposta de lei que está a ser discutida, que pode ser alterada, que pode ser modificada”, acrescentou Carlos César.

Declarou também ter gostado que a presidente do PSD/Açores, Berta Cabral tivesse manifestado uma posição idêntica à sua nesta matéria, mas disse ter pena “que Mota Amaral e os outros deputados” do PSD regional na Assembleia da República tivessem votado em sentido contrário.

Carlos César disse ainda que a verba proveniente do imposto extraordinário cobrada na Região (cerca de nove milhões de euros) se destinará a financiar o orçamento regional, confrontado com a perda de receitas fiscais que diminuíram devido à recessão nacional que “contamina” a economia do arquipélago.

“Somos uma região que nos últimos 11 anos só aumentou o seu endividamento líquido três vezes”, com um “endividamento direto de 9,5 por cento do PIB, que tem diminuído os seus funcionários públicos, a despesa corrente, o número de chefias, que tem cumprido uma agenda de correção e consolidação orçamental ainda antes de existir o memorando da Troika”, sustentou.

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