O antigo presidente da Região Autónoma dos Açores, Carlos César, recebeu hoje a Medalha de Ouro da Ordem dos Médicos Dentistas pelo seu trabalho em prol dos cuidados de saúde oral nas nove ilhas açorianas.
“Enquanto presidente do Governo regional dos Açores, Carlos César deu prioridade aos cuidados de saúde oral e implementou um programa que hoje permite que em todas as ilhas dos Açores esteja garantido o acesso à medicina dentária”, recordou o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva. “Quando Carlos César assumiu a presidência da Região Autónoma dos Ações, em 1996, existiam apenas três médicos dentistas nas nove ilhas. Hoje, todas as ilhas têm acesso a médicos dentistas, seja nos centros de saúde seja através de um sistema de reembolso de consultas no setor privado”, disse.
Para o antigo presidente da Região Autónoma dos Açores “o grande desafio é compatibilizar os progressos conquistados nas últimas décadas na área da saúde com os desafios que o Portugal enfrenta. É preciso ter consciência que não se pode descurar o investimento e a acessibilidade aos serviços de saúde.”
Presente na cerimónia, Jorge Sampaio, antigo Presidente da República e Medalha de Ouro dos Médicos Dentistas, salientou o papel de Carlos César na promoção da saúde oral dos açorianos, considerando que “é uma homenagem justa à obra feita, e nem sempre temos bem presente o que é a dimensão dos Açores e de ser presidente de uma região com nove ilhas, no meio do Atlântico, com condições atmosféricas muitas vezes adversas”.
Artur Lima, o representante da Ordem dos Médicos Dentistas na Região Autónoma dos Açores, afirmou que “costuma dizer-se que na política as pessoas estão primeiro e essa é uma das grandes qualidades de Carlos César, pois foi a sua grandeza pessoal e política que permitiu que as crianças açorianas entre os três e os 18 anos beneficiassem de prevenção na saúde oral e por isso agradeço toda a dedicação e entusiasmo de Carlos César e tenho de dizer que bom é ser açoriano.”
O Boletim de Saúde Oral, que existe apenas nos Açores, tem sido um importante instrumento de recenseamento e de registo que se aplica a crianças a partir dos 3 anos.
