O presidente do PS/Açores, Carlos César, defendeu hoje a necessidade de renovação para enfrentar os novos desafios e preparar as eleições regionais de 2012, mas alertou para a importância dos socialistas serem “humildes” para manter a confiança dos açorianos.
Para o líder socialista regional, esta humildade é essencial para “governar bem”, mas também é importante para “a compreensão dos açorianos com os erros” que possam ser cometidos na governação.
Carlos César, que falava na apresentação da sua moção de orientação política global no XIV Congresso do PS/Açores, recordou que o partido se afirmou com “força central da sociedade açoriana”, mas frisou que está a começar um novo ciclo, com novos desafios, que exigem mudança.
“A renovação deve ser nossa companheira, é um ato natural”, afirmou, defendendo a importância de chamar mais jovens para os órgãos do partido e para as tarefas partidárias.
Para Carlos César, o congresso que decorre até domingo em Angra do Heroísmo “deve ser o início da preparação da vitória” nas regionais de 2012, o que passa pela “atualização e reformulação do projeto do PS para os Açores”.
Neste discurso perante os cerca de 300 congressistas, o presidente do PS/Açores, que também lidera o executivo regional, manifestou satisfação com o trabalho que tem sido desenvolvido, considerando que o que os socialistas fizeram pelos Açores desde que chegaram ao governo em 1996 “fica à frente do que se fez nos 20 anos anteriores”.
“Os Açores que temos não são a região atrasada que nos deixaram quando chegamos ao governo, mas ainda não são os Açores que queremos”, frisou, defendendo a necessidade de “trabalhar mais e melhor para liderar o novo ciclo que se seguirá à descolagem da crise”.
Em 2012, segundo Carlos César, os açorianos terão que escolher entre “voltar atrás para o velho PSD que deixou a região sem dinheiro e sem rumo em 1996 ou voltar a dar confiança a um PS que se renovou em pessoas e ideias, que compreende as dificuldades e luta para as vencer”.
O líder socialista regional recordou a “depressão e o estado lastimoso em que o PSD deixou os Açores”, considerando que os social democratas são “muito hábeis a destruir, mas incapazes de construir”.
“Ansiamos que a oposição apresente propostas para termos uns Açores melhores”, frisou.