Foi conferido à Carne Ramo Grande produzida nos Açores o reconhecimento nacional de produto com Denominação de Origem (DO), enquanto a Comissão Europeia analisa o pedido de registo como Denominação de Origem Protegida (DOP), ao abrigo da legislação em vigor, onde a partir do momento em que é submetido à Comissão Europeia um pedido de registo de um determinado produto num dos regimes de qualidade existentes, como o DOP ou a IGP, esse produto fica, desde logo, protegido em termos nacionais como DO ou IG.
Esta certificação insere-se na estratégia regional de valorização e aumento de notoriedade das produções agrícolas dos Açores, visando gerar mais e melhores oportunidades de negócio para o setor da carne na Região, para a sua valorização, para o crescimento da economia local e para aumentar o rendimento dos produtores.
A Denominação de Origem Protegida (DOP) está associada à política de qualidade alimentar da União Europeia e visa proteger os nomes dos produtos, de modo a salvaguardar as suas caraterísticas únicas, vinculadas à sua origem geográfica, permitindo aos consumidores aumentar a confiança nos produtos.
O pedido de registo da ‘Carne Ramo Grande DOP’ foi apresentado este ano pela Associação de Criadores de Bovinos da Raça Ramo Grande, na sua qualidade de Agrupamento Gestor, ao Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas.
Atualmente estão inscritos no Livro de Adultos da raça Ramo Grande 1.407 bovinos, distribuídos pelas ilhas Terceira, São Jorge, Faial, Pico, São Miguel e Graciosa, existindo, no total, 261 criadores desta raça nos Açores.