O Casino Azores, em S. Miguel, abriu portas esta quarta-feira e a “família Romanti” tem finalmente motivos para sorrir.
Foi sem pompa nem circunstância, mas passados quase 14 anos do seu anúncio, de sucessivos atrasos e depois de muitas manchetes na imprensa regional, a satisfação é visível em toda a equipa e agora é tempo de pensar no futuro. Quem o diz é Vânia Paim, administradora da empresa ‘Romanti, S.A, da qual são sócios o grupo PAIM e o empresário Eduardo Machado, que com o “sentimento de dever cumprido” garante que “o que nos mobiliza é o futuro não é o passado“, esperando alcançar “até ao final do ano a satisfação de que a população sinta que é um projecto de todos, e que veio contribuir para o bem-estar e para a economia como um todo”.
Em relação aos mecanismos de “controlo do vício do jogo”, Manuel Correia, director do Casino, adiantou que serão implementados sempre que necessários, garantindo que está assegurado o bom funcionamento do estabelecimento a esse respeito, relembrando que a lei também permite, que qualquer cidadão que assim o deseje, possa pedir a sua “inibição” de jogar.
O Casino, para além do espaço de jogo, que disponibiliza aos clientes mais de 200 opções entre jogos de mesa, slots machines e jogos bancados, oferece um espaço de cultura e lazer, onde para além do bar – que é explorado pelo Hotel AZOR, acolhe uma zona de espectáculos, que a Romanti pretende ver dinamizada essencialmente com artistas locais. “Um dos objectivos deste projecto é precisamente dinamizar a economia local”, reforçou Vânia Paim, adiantando que o Casino vai apostar “numa estratégia de promoção equilibrada”, dimensionando paulatinamente a oferta à procura.
Vânia Paim realçou ainda a parceria com o Hotel Azor, edifício onde o Casino está inserido, que considera “fundamental para o sucesso do projecto”.
Atualmente com 35 funcionários, o Casino Azores funcionará de domingo a quinta das 16H às 00H, sextas, sábados e vésperas de feriados das 16H às 03H.
A expectativa
Ainda as portas não tinham aberto, e cerca de uma dezena de pessoas já se preparavam para apostar. Determinados e com a esperança que por ser o primeiro dia a sorte fosse mais “preponderante” que o azar.
Eduarda Cardoso, de 66 anos, foi a primeira a chegar, natural da Povoação, mas a residir no Canadá, joga regularmente, e acredita que o Casino Azores lhe vai dar sorte. “Vou entrar com o pé esquerdo”, disse convicta das suas superstições.
Também Domingos Alves e a esposa, que se diz “viciada” nas slots machines vieram “espreitar”. São da opinião que é um bom investimento para a ilha, porque” só joga quem quer e pode e é acima de tudo um entretenimento”. Conceição Alves, de 70 anos, confessou mesmo que só vai de férias para locais que tenham casino, talvez por se considerar uma pessoa com sorte. Ambos recordam que “no tempo em que caiam moedas” dava mais entusiasmo, o que deixou de acontecer com a modernização das máquinas.
Seja a sorte como a convicção, pois todos “apostaram” que o primeiro dia de funcionamento do Casino Azores lhes traria “boa fortuna”.
SM / Açores 24Horas