“Eu não sei se nalguns casos, principalmente dos pensionistas, por aquilo que me chega à Presidência da República, estes limites não podem já ter sido ultrapassado”, afirmou o chefe de Estado, quando questionado sobre a razão que o levou a repetir que “há limites para os sacrifícios” na intervenção que tinha feito minutos antes na abertura do IV Congresso dos Economistas.
No discurso, o Presidente da República admitiu que o cumprimento dos compromissos estabelecidos com a ´troika’ “encerra dificuldades e sacrifícios que não podem ser ignorados” e que suscitam dúvidas, desde logo a interrogação sobre se os sacrifícios que estão a ser exigidos “valem a pena” e se conduzirão o país a “bom porto”.
“A resposta a estas interrogações não é incondicional: subsistem naturalmente dúvidas sobre o resultado do caminho que percorremos atualmente, até porque o sucesso, em boa parte, não depende só de nós. Depende da conjuntura internacional e da capacidade que a União Europeia demonstrar para resolver a crise financeira da zona Euro”, sustentou o chefe de Estado.