CDS contesta portaria que legaliza venda de espécies de caça

O Governo Regional dos Açores anunciou a regulamentação da venda no mercado de animais de caça abatidos no arquipélago por caçadores licenciados, mas o CDS quer estender este comércio a algumas espécies com grande densidade.
Uma portaria publicada esta quinta-feira no Jornal Oficial remete para fixação posterior o número de peças e espécies passíveis de colocação no mercado, determinando que o seu abate só será possível nos períodos constantes do respectivo calendário venatório e condicionando a colocação no mercado de espécies cinegéticas à sua entrega nos centros de processamento da rede regional de abate.

O diploma governamental surge depois de a Assembleia Legislativa Regional ter rejeitado uma proposta do CDS/PP que defendia a liberalização da comercialização de espécies cinegéticas como uma das medidas para combater a elevada densidade do coelho bravo na ilha de S. Jorge.

Luís Silveira, deputado regional do CDS/PP, contestou o facto de não ser permitida a venda de coelhos abatidos no quadro das acções de correcção da densidade, sublinhando os prejuízos causados aos agricultores pela elevada população da espécie existente em S. Jorge.

“Os agricultores de S. Jorge vivem um momento de angústia devido à praga do coelho bravo”, afirmou, indicando que, devido à destruição das pastagens permanentes provocadas pela espécie, os produtores locais se têm vindo a confrontar com a necessidade de proceder à redução do gado das suas explorações.

Luís Silveira alertou que esta situação poderá reflectir-se em quebras de produção de leite e do típico queijo de S. Jorge.

Por seu lado, o governo esclarece que “não se trata de uma liberalização, trata-se de legalizar (no caso permitir o que era proibido) uma actividade comercial, garantindo critérios de salubridade, qualidade/segurança alimentar e saúde pública”.
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