CDS-PP acusa Câmara Municipal de Angra de “inércia e má gestão”

jose-alberto-gomes-cdsA Comissão Política Concelhia de Angra do Heroísmo do CDS-PP Açores, acusou, esta sexta-feira, em Comunicado, a Câmara Municipal de “inércia, ineficiência, falta de rumo e má gestão”.

 

Segundo a estrutura partidária liderada por José Alberto Borges “o actual executivo camarário liderado por socialistas” deixam os populares manifestamente “preocupados”.

 

“A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e suas participadas (como a CulturAngra, por exemplo) são a prova cabal de que os socialistas estão a alcançar o patamar do princípio do fim”, lê-se no Comunicado onde se aponta como “exemplo paradigmático” o que se passou “com a abertura do Teatro Angrense para receber as Danças e Bailinhos do Entrudo na Ilha Terceira”.

 

“Uma sucessão de erros e enganos aos munícipes, desde a venda de bilhetes, passando pelos horários e terminando nos apoios a conceder aos grupos que naquela nobre sala do Concelho de Angra se quiseram apresentar”, denuncia a Concelhia popular.

 

Desde logo, salienta José Alberto Borges, “o método adoptado este ano para a venda de bilhetes para o Teatro Angrense nos dias de Carnaval, foi absurdo e potenciador da prática de actos menos lícitos. A Autarquia e a CulturAngra da Vereadora Luísa Brasil, para evitarem as filas de espera de dias nas bilheteiras do Teatro Angrense, como em anos anteriores, decidiram atribuir um número a cada um dos interessados na aquisição de bilhetes”.

 

O pior veio depois, afirmam os centristas angrenses: “Ora, quando as bilheteiras abriram bastava aparecer com um número e comprar os bilhetes. Tal levou a que os bilhetes esgotassem com rapidez e que muitos interessados em assistir à exibição das Danças e Bailinhos fossem confrontados com a falta de bilhetes e, por conseguinte, com a possibilidade de os adquirir no chamado “mercado negro” e por valores muito inflacionados”.

 

Tal situação é, para os democratas-cristãos, “um lamentável episódio numa quadra que se quer de festa e boa disposição”.

 

“Mas as maleitas não se ficaram por aqui! Nos ingressos de acesso ao Teatro Angrense podia ler-se que as portas do mesmo abririam todos os dias pelas 18h00. Muitos foram os cidadãos que se dirigiram ao local, em diversos dias, por esta hora e qual não foi o seu espanto quanto verificavam que as portas estavam fechadas e que só eram abertas cerca de duas horas mais tarde (20h00)”, denunciam.

 

Segundo os populares “os funcionários camarários, perante as queixas dos visados, iam justificando o facto com um suposto erro de impressão dos bilhetes. Mais uma de almanaque!”

Isto já para não falar nos vários momentos, diz a Concelhia do CDS-PP, “dos vários dias, em que os pagantes estiveram duas e três horas à espera que surgisse um grupo para actuar, por mera falta de capacidade organizativa e de diálogo da Câmara Municipal”. 

 

No entanto, para a estrutura partidária o “cúmulo da desgraça” ainda estava por acontecer. É que, frisam, “a Autarquia, devido ao facto de ter criado uma Empresa Municipal, solicitou aos Grupos que passassem Recibo Verde sobre o montante irrisório de apoio municipal concedido a cada Dança e Bailinho. Conclusão e moral da história, a maioria dos grupos que se exibiram no Teatro Angrense acabaram por não receber o dito apoio público porque não estavam, como é óbvio, colectados nas Finanças”.

 

Em conclusão, os democratas-cristãos angrenses, afirmam que “nesta Câmara Municipal não há tafulho, não há organização, não há rumo!” isto porque, “em vez de disponibilizar o Teatro Angrense como sala VIP do Carnaval da Ilha Terceira, a Câmara de Angra vê na quadra uma oportunidade de negócio, mas presta mau serviço à comunidade e ao Carnaval”.

 

Para os centristas “os angrenses, neste momento, não se revêem nesta apatia”, que denunciam chega ao ponto de “os eventos culturais serem divulgados, em pleno centro histórico classificado pela UNESCO como Património Mundial, numas folhas enrugadas de contraplacado agarradas aos postes de luz e/ou sinais de trânsito por vergas e arames; os principais palcos desportivos municipais estão entregues ao desleixo, à falta de manutenção; as ruas da cidade parecem pastos verdejantes tal a quantidade de erva que brota entre a calçada; a rede viária municipal está esburacada e/ou mal remendada; sinalização turística não existe; a vereação camarária não se conhece; a Presidente de Câmara só aparece de meses a meses em cerimónias públicas preparadas tendo em vista a próxima campanha eleitoral autárquica”.

 

José Alberto Borges frisa mesmo que “desta Câmara restam os veterinários e o milho com contraceptivo para os pombos!”   

Ora, os populares dizem lamentar “profundamente que o PS/Açores deixe que a Câmara Municipal de Angra esteja mergulhada no marasmo e na falta de capacidade de gestão da coisa pública”, rematando assumindo que “o CDS-PP, ao invés, tem um projecto credível e de futuro para Angra do Heroísmo que será apresentado oportunamente. O CDS-PP não deixará cair Angra numa ainda maior estagnação”. 

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