O Deputado do CDS-PP Açores Paulo Rosa denunciou, este sábado, um “atentado” arquitectónico que está a ser praticado pela Direcção Regional da Cultura num “edifício multi-secular” de Santa Cruz das Flores, nomeadamente o Convento de São Boaventura, que alberga o Museu da Ilha mais ocidental do arquipélago.
Em requerimento enviado ao Parlamento Açoriano, o Deputado popular salienta que este edifício “está a ser objecto de obras de restauro e beneficiação”, mas lamenta que “surpreendentemente, os Santacruzenses se tenham deparado, na pretérita semana, com a cantaria desse admirável e estimado edifício, um dos ex-libris arquitectónicos da ilha, pintada dum inusitado amarelo-ocre”.
Paulo Rosa frisa que “toda a arquitectura religiosa da Ilha privilegia o branco e a pedra de cantaria na sua traça arquitectónica”, considerando que “o imóvel em questão é o mais antigo do maior centro populacional da ilha e não há memória pública de outros cambiantes cromáticos que não a cor própria da pedra de cantaria”.
Dado o exposto, o Vice-Presidente da bancada parlamentar do CDS-PP questiona o Governo sobre “a quem deve ser imputada a responsabilidade pela opção de pintar a cantaria do Convento de São Boaventura, em Santa Cruz das Flores, de amarelo-ocre?” e se “foram consultadas personalidades e/ou entidades da ilha mais Ocidental do arquipélago no processo de tomada desta decisão?”.