CDS-PP acusa Governo Regional de desprezar os faialenses

fotoO CDS-PP criticou, esta sexta-feira, “a falta de vontade política” e “o desprezo do Governo Regional pelos Faialenses”, acusando os socialistas de “desrespeito à Assembleia” por nunca terem iniciado o processo de recuperação da Trinity House, na cidade da Horta, para instalação de um núcleo museológico dos cabos submarinos.

Numa conferência de imprensa, junto à antiga estação de cabografistas da horta, Graça Silveira, vice-presidente do Grupo Parlamentar, anunciou a entrega de “mais um requerimento ao Governo Regional” para ver esclarecido quando “é que finalmente vai avançar a intervenção na Trinity House, o que é que foi feito em termos de inventariação e classificação de 14 elementos arquitetónicos que constituem o ‘Roteiro das Comunicações’ e o que é que o Governo pretende efetivamente fazer com os míseros 10 mil euros que alocou a esta medida para 2017”.

A deputada lamenta que a iniciativa do CDS-PP, aprovada há 3 anos, nunca tenha sido implementada, “ numa atitude de completo desrespeito pelo nosso Parlamento que aprovou a iniciativa e devotando ao desprezo, uma vez mais o Faial e os Faialenses”.

“Na primeira metade do século XX, pela influência das várias companhias de cabos submarinos que aqui se instalaram, a Horta tornou-se uma cidade verdadeiramente cosmopolita, precursora da sociedade global em que vivemos hoje. A verdade é que não podemos continuar apenas a lembrar a Horta que fomos e que já não somos. É fundamental capitalizar este património histórico de valor indiscutível e, neste sentido, o CDS apresentou uma proposta para a criação do Espaço Museológico da Horta dos Cabos Submarinos, aqui, na Trinity House, que incluía o ‘Roteiro das Comunicações’, com 14 elementos arquitetónicos, que alarga o museu ao espaço urbano envolvente, onde se desenvolveu o universo das comunicações na cidade da Horta, que, começa na Alagoa, onde foi amarrado o primeiro cabo, passando pelas instalações da companhia alemã, conhecida pela “colónia Alemã”, o bairro residencial da Western Union, hoje o Hotel Fayal, entre outros”, explicou a deputada aos jornalistas.

Graça Silveira denunciou ainda que, “em 2017, quando finalmente se esperava que o Governo fizesse alguma coisa, esta medida, que no Plano de Investimentos de 2016 tinha uma dotação de 75.000 euros foi reduzida para apenas 10 mil euros”, provando-se, para o CDS, que “mais uma vez não se vai fazer nada”. Aliás, lamentou, este “pequeno investimento público com grande retorno económico para o Faial” é também a prova de que “quando há vontade política para fazer encontram-se soluções, mas quando não há vontade política para fazer arranjam-se desculpas”.

A vice-presidente da bancada parlamentar democrata-cristã registou ainda que “numa altura em que sector do Turismo representa cerca de 40% das exportações dos Açores, sendo a única indústria com verdadeiro potencial de crescimento, nos próximos anos, o CDS considera crucial e estratégico a criação deste espaço museológico, que é um pequeno investimento com um enorme retorno, não só em termos de oferta turística, como na criação de emprego, que o Faial e os Faialenses tanto precisam”.

 

 

 

Açores 24Horas

talholagoa1

 

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