CDS-PP acusa PS e Governo Regional de dificultar acesso à saúde

O líder regional do CDS-PP nos Açores, Artur Lima, acusou o PS e o Governo Regional de lançarem o “maior ataque” de sempre” à saúde, criando medidas que “dificultam” o acesso ao Serviço Regional de Saúde (SRS).
Artur Lima, numa conferência de imprensa junto ao Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, criticou a obrigação imposta pela tutela para que os cidadãos confirmem se “querem ou não o seu médico de família”, caso contrário são excluídos da lista de utentes.

“Outro ataque inaceitável e estalinista é o que se faz aos mais pobres, que recorrem à privada mas que têm necessidade de reembolso”, denunciou Artur Lima, recordando que, por imposição do Governo Regional, quando as unidades de saúde públicas prestarem um determinado serviço, o utente que recorra a unidades privadas perde o direito ao reembolso.

O líder regional do CDS-PP acusou também o executivo açoriano de “discriminar os médicos portugueses” ao contratar médicos colombianos, que “vão ganhar o dobro dos médicos especialistas portugueses”, apesar de não terem a especialidade de medicina familiar, e que vão ter direito a uma lista de utentes, situação que considerou ser “ilegal”.

“Todas estas medidas persecutórias dos utentes estão agora a ser tomadas porque se esbanjou dinheiro durante anos e porque o Serviço Regional de Saúde está falido há anos”, frisou Artur Lima, acrescentando que o principal responsável por esta situação é a SAUDAÇOR (Sociedade Gestora de Recursos e Equipamentos de Saúde dos Açores, sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos), que considerou ser “o cancro da saúde nos Açores”.

Para Artur Lima, o PS e o Governo Regional têm gerido a saúde nos Açores com “incompetência e irresponsabilidade”, apontando como exemplo os 10 milhões de euros gastos na informatização do SRS sem que até agora se conheçam “resultados práticos”, já que “não funciona”. 

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