“Esta situação financeira está a estrangular o normal funcionamento dos serviços e isso é insuportável. Tem que haver uma alteração da política de saúde, que não pode ser a deste secretário regional, que enfia a cabeça na areia e diz que os fornecedores é que são mal-educados por virem a público denunciar o dinheiro que lhes devem”, afirmou Artur Lima.
O líder regional do CDS-PP, que falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital de Angra do Heroísmo, na Terceira, onde se reuniu com o Conselho de Administração, recordou que esta unidade de saúde “vive com muitas dificuldades, não paga a fornecedores, está a comprar à seringa e ao comprido”.
Para Artur Lima, “há que pagar rapidamente aos fornecedores e a dívida de longo prazo terá que ser estruturada de outra maneira”, frisou, acrescentando que “já não vai ser este governo regional [a resolver o problema] porque não tem capacidade para pagar”.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, Artur Lima defendeu ainda a necessidade de humanizar os serviços de saúde, sublinhando que “é preciso que se comecem a tratar doentes e não doenças”.
“É fundamental a humanização do Serviço Regional de Saúde”, frisou.
Artur Lima manifestou ainda “total discordância” com o encerramento da Unidade de Cuidados Intensivos Coronários no Hospital de Angra do Heroísmo, considerando que a decisão representa “um retrocesso civilizacional”.
O responsável disse ter “dúvidas se os doentes ficarão melhor tratados com a integração da Cardiologia na Medicina. Tínhamos um Serviço de Cardiologia que funcionava muito bem, era excelente, e agora foi desmembrado”.
Artur Lima disse ainda que, se o CDS-PP vier a integrar o futuro Governo dos Açores, a situação será reposta.
“Extinguir esta unidade foi um erro que é para corrigir a partir de outubro, repondo essa unidade nos moldes em que funcionava e funciona em qualquer região civilizada”, afirmou, numa referência às próximas eleições regionais de outubro.
Lusa