O cabeça de lista do CDS-PP Açores à Câmara Municipal da Praia da Vitória, nas Eleições Autárquicas de 11 de Outubro, Pedro Pinto, defendeu, esta quinta-feira, a manutenção no Porto Oceânico da Praia da Vitória de um cais de ferry’s e cruzeiros e reivindicou que a SATA volta atrás com a sua decisão de centralizar, em Ponta Delgada, toda a sua frota inter-ilhas.
Numa conferência de imprensa, no Miradouro da Serra do Facho, sobranceiro à cidade de Vitorino Nemésio, o candidato popular considerou “indissociável” falar de transportes e turismo, porquanto “a política de transportes tem uma influência directa sobre as opções de desenvolvimento turístico”, deixando criticas à gestão socialista municipal por “não ter sequer uma definição sobre o turismo na Praia da Vitória: deve ser turismo de massas, turismo rural, campismo?”.
Relativamente ao Porto Oceânico, lembrou, “fizeram-se recentemente grandes investimentos de melhoramento e requalificação, entre eles, uma gare marítima de passageiros. Acontece que o Governo Regional anunciou recentemente, em vésperas de eleições, a construção de um terminal de passageiros no Porto Pipas, em Angra do Heroísmo, talvez para salvar alguma candidatura autárquica”.
“É uma manobra de política caseira que tem o apoio da Câmara socialista da Praia da Vitória, quanto mais não seja pelo seu silêncio, pois não se manifesta contra esta atitude do Governo de roubar mais uma valência à Praia da Vitória”, lamentou.
Por isso, acrescentou Pedro Pinto, “com este Partido Socialista que julga que tudo pode, vai-se duplicar infra-estruturas e investimentos com o apoio silencioso da Câmara Municipal da Praia da Vitória. Mais uma vez querem retirar uma valência à Praia e o Partido Socialista nada diz para defender este Concelho”.
Considerando que a Praia da Vitória “tem tudo para ser bem sucedida em termos turísticos” (aeroporto, o porto oceânico, uma marina e um campo de golfe) o candidato centrista lamenta, ainda, que “quer no tempo do PSD, quer no do PS, os grandes investimentos hoteleiros tenham ido para Angra”.
Isto representa, no entender do democrata-cristão, que “não há uma definição quanto ao posicionamento turístico do Concelho da Praia, se turismo de hotel, se turismo de habitação, se turismo rural ou campismo. Passaram quatro anos e o turismo na Praia continua num marasmo”.
Por outro lado, o candidato do CDS-PP à autarquia praiense lembrou que “durante muitos anos esteve baseado na Aerogare Civil das Lajes o Dornier, da SATA Air Açores, que fazia ligações com a ilha do Corvo. Ao renovar a frota, a SATA com a sua política centralista e com o apoio do Governo Regional, concentrou todos os aviões em Ponta Delgada. Deixa, pois, de haver qualquer avião da SATA a fazer base na Terceira. Na semana passada já podemos constatar o erro dessa política centralista, quando houve problemas com o abastecimento em Ponta Delgada, que forçou à reprogramação de todos os voos com o consequente atraso e inconveniente para os passageiros, sejam turistas ou Açorianos”.
Este acontecimento, afirmou, “veio dar razão ao CDS-PP que já, em Julho, tinha apresentado, na Assembleia Municipal da Praia da Vitória, um voto de protesto ao Governo Regional e à SATA por esta atitude discriminatória e irresponsável. Na altura os deputados municipais do PS preparavam-se para votar contra o nosso Voto, só porque não era proposto pelo PS e porque era contra o seu Governo Socialista. Esta triste situação demonstra a atitude com que os Socialistas estão nos cargos de representação dos seus eleitores. Para eles é mais importante o Partido do que os cidadãos que os elegeram”.
Pedro Pinto lembrou também que os Deputados Regionais do PS eleitos pela ilha Terceira chumbaram na Assembleia Regional outra iniciativa do Grupo Parlamentar do seu Partido que recomendava ao Governo a manutenção de um avião da frota regional da SATA nas Lajes.
Vistas as coisas por esse prisma, Pedro Pinto terminou reforçando um apelo aos praienses: “pedimos aos Praienses um voto de confiança, para aumentar a representação do CDS-PP na Câmara, na Assembleia Municipal e nas Juntas de Freguesia”. Isto porque, rematou, “já é tempo de mudar de rumo”.
