O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Artur Lima, defendeu, esta terça-feira, que, no âmbito do novo Programa Operacional 2014-2020, devem ser criados apoios diferenciados no POSEI para os produtores de hortícolas, flores e frutos açorianos, por se tratar, nalguns casos, de “produtos que são identitários da cultura e da história” do arquipélago.
Cumprindo o segundo dia das VI Jornadas Parlamentares dedicadas ao novo envelope financeiro comunitário para os próximos sete anos, e depois de reunir com a direção da Cooperativa ProFrutos e de visitar as estufas de produção de ananases, Artur Lima não tem dúvidas em afirmar que “a cultura do ananás é fundamental para os Açores”, porque este é um produto que, “além do valor económico que tem, identifica os Açores, é identitário da nossa cultura e da nossa história” e, por isso, “merece apoios diferenciados”, defendendo que “no próximo quadro comunitário de apoio, no âmbito do novo POSEI, é preciso haver apoios específicos para estas culturas, apoios que defendam e promovam um produto genuinamente açoriano como é, por exemplo, o ananás de São Miguel e dos Açores”.
Os democratas-cristãos “equacionam” diligenciar propostas e iniciativas com vista à prossecução deste objetivo de separação dos apoios do POSEI entre a lavoura e os produtores horto-fruti-florícolas, mas desafia o Governo Regional a “equacionar também essa possibilidade de haver apoios específicos e um POSEI separado para a horto-fruti-floricultura, de maneira a que estes produtos sejam apoiados de maneira diferente, de forma mais intensa e mais direcionada”.
No âmbito das VI Jornadas Parlamentares dos populares açorianos, a decorrer na ilha de São Miguel, na passada segunda-feira, Artur Lima tinha anunciado outras medidas que visam o cabal aproveitamento dos próximos fundos comunitários, no sentido de os “colocar ao serviço das pessoas”, respetivamente anunciando a apresentação de uma proposta para equiparar as diárias dos doentes deslocados às ajudas de custa dos membros do Governo Regional, Deputados e funcionários públicos, e suportar os encargos com as deslocações dos doentes através de fundos comunitários, libertando assim as unidades de saúde destes custos para fazerem face aos compromissos que estão por pagar aos fornecedores do Serviço Regional de Saúde.
As VI Jornadas do CDS-PP terminam amanhã, quarta-feira, dia em que o Presidente do Grupo Parlamentar vai reunir com o Presidente do Governo Regional sobre o Programa Operacional 2014-2020.