O Deputado do CDS-PP Açores Luís Silveira questionou, esta quarta-feira, o Governo Regional sobre a disponibilização de cascalho aos agricultores da zona do Topo, na ilha de São Jorge, que se têm visto a braços com lamaçais provocados pelas chuvas frequentes deste Inverno, algo que lhes cria dificuldades, principalmente na ordenha dos efectivos bovinos.
Em causa, segundo o parlamentar popular, está o facto de, dadas as condições morfológicas e climatéricas, os bovinos ficarem “enterrados na lama quase até ao amojo”, provocando acentuadas dificuldades aos produtores de leite, particularmente das Freguesia de Santo Antão e Vila do Topo, áreas de grande dimensão agrícola com especial incidência para a produção de leite.
Em anos anteriores, lembra o Deputado jorgense, e já este Inverno, “a Associação Agrícola de São Jorge, em parceria com os Serviços Florestais e o próprio Instituto Regional de Ordenamento Agrário, S.A. (IROA, S.A.) têm transportado cascalho para aquela zona da Ilha, tendo em vista ajudar os produtores a ultrapassar as dificuldades” referidas, só que em quantidades “insuficientes”.
Luís Silveira considera que esta solução “se apresenta como uma mais-valia para os produtores daquela zona de São Jorge”, essencialmente porque “o transporte deste tipo de material se torna bastante dispendioso, tendo em conta que estamos a falar de distâncias a percorrer de cerca de 60 quilómetros por percurso”.
Ora, juntando a insuficiência do material disponibilizado aos agricultores e as distâncias a percorrer, o Deputado democrata-cristão afirma que “que existem proprietários de terrenos no Topo com quantidades bastante consideráveis de cascalho que se encontram disponíveis para vender o mesmo”, só que, acentua, “não estão porém dispostos a avançar com um processo de licenciamento de exploração e extracção de inertes”.
Assim, no requerimento entregue no Parlamento, Luís Silveira questiona o executivo socialista sobre se este “entende ser pertinente a aquisição de algum dos terrenos privados existentes no Topo dotado de cascalho e proceder ao seu posterior licenciamento, para fornecimento deste material aos agricultores na zona?” e se “em caso afirmativo, para quando prevê o Governo ter esta solução em pleno funcionamento?”.