Numa declaração aos jornalistas junto à sede da empresa, Artur Lima acusou a administração de estar a apoiar a campanha eleitoral do PS e prometeu que, caso o CDS tenha um “papel determinante” no próximo Governo Regional, serão reduzidas as tarifas de estudantes na ligação com o continente, bem como os bilhetes nas viagens para os açorianos através do fim da taxa de combustível.
“Estou absolutamente escandalizado com uma informação fidedigna que tive hoje, indicando que o conselho de administração da SATA terá permitido que a comitiva do PS, que anda em campanha eleitoral, transporte 300 quilos de bagagem sem gastar um tostão”, afirmou Artur Lima, considerando que a situação “é um insulto aos açorianos que pagam sete euros por um quilo ou dois” a mais.
“Os açorianos poderiam estar a pagar tarifas 30 por cento mais baratas se o PS tivesse aprovado em maio uma proposta do CDS para acabar com a taxa de combustível”, recordou o líder centrista, que se mostrou confiante na eleição de um segundo deputado em São Miguel.
Ao lado do cabeça de lista pelo partido, Pedro Medina, Artur Lima acredita que os açorianos “não vão dar maioria absoluta a ninguém” até porque o que está em causa são os candidatos em cada ilha e não os líderes partidários.
São “eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, não são eleições para eleger presidentes de Governo”, sublinhou Artur Lima, que é candidato pela Terceira, minimizando o facto de este ser o primeiro dia de campanha em São Miguel, a mais populosa das ilhas.
“Os eleitores de São Miguel podem ter certeza de uma coisa: eu não vou discriminar os micaelenses. Agora, os eleitores de outras ilhas não têm certeza que Berta Cabral e Vasco Cordeiro os não discrimine”, afirmou.
Quanto às novas medidas de austeridade e o impacto que o anúncio de quarta-feira feito pelo ministro das Finanças, Artur Lima recordou que no acordo da coligação nacional PSD/CDS está consagrado que o partido na região “é autónomo e independente” e consta do seu programa de governo a “manutenção do diferencial fiscal entre os Açores e o continente”.
Agora, “faço um desafio à doutora Berta Cabral: está disposta a abdicar das reformas vitalícias dos ex-governantes e ex-deputados? Está disposta a abdicar da majoração adquirida para a reforma dos autarcas? – desafiou o líder centrista, recordando que o “CDS foi o primeiro a apresentar um pacote de redução de despesas públicas.
As eleições regionais dos Açores decorrem a 14 de outubro.
Lusa