O presidente do CDS/PP nos Açores, Artur Lima, considerou esta terça-feira “mau para o erário público” o negócio de aquisição pela Câmara de Angra do Heroísmo dos terrenos para a escola da Ribeirinha, admitindo remeter o processo para tribunal.
“Todo este negócio é, para nós, muito estranho, não só pelo facto dos terrenos escolhidos e adquiridos serem de quem são [o actual vice-presidente da autarquia], como por omissões graves que parecem configurar má gestão dos dinheiros públicos”, afirmou Artur Lima, numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo.
Artur Lima, que também é vereador da autarquia, acusou a socialista Andreia Cardoso, presidente do município, de “mentir” e de “estar por dentro de todo o processo, primeiro como vereadora e depois como presidente”, tendo apresentado documentos que, na sua perspectiva, levantam dúvidas sobre a decisão do preço final dos terrenos.
“O anterior presidente [José Pedro Cardoso] iniciou o processo de expropriação por utilidade pública a um preço avaliado entre 20 e 25 euros por metro quadrado, mas veio a ser adquirido por 40 euros o metro quadrado”, frisou.
Para Artur Lima, “se foi efectuada a compra com base no direito privado, a autarquia devia ter feito, como se exige na lei, uma consulta de mercado”.