O presidente do CDS/PP nos Açores, Artur Lima, classificou hoje como «atentado ambiental» a muralha de protecção que está a ser construída na zona do Pocinho, numa área da ilha do Pico classificada como Património Mundial.
«É um autêntico atentado ambiental, perpetrado, curiosamente, pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar», acusou Artur Lima, denunciando que o projecto que o Governo dos Açores levou a discussão pública «é completamente diferente» do que está a realizado na freguesia da Candelária.
Artur Lima, que falava à Lusa durante uma visita ao local, manifestou-se contra a realização desta obra, que considerou «não servir para nada», além de violar o Plano de Ordenamento da Orla Costeira, o que, na sua perspectiva, significa que «é ilegal».
O líder do CDS-PP nos Açores acusou ainda o director regional dos Assuntos do Mar de tentar «enganar as pessoas», quando assumiu recentemente o compromisso de «repensar a obra».
Artur Lima assumiu o compromisso de «demolir a obra», caso o CDS-PP venha a ter um «papel decisivo» no Governo Regional que resultar das eleições regionais previstas para Outubro.
Durante a visita ao local, Artur Lima revelou à Lusa que um grupo de populares destruiu parte da rede de protecção que cercava a zona de obras, no que considerou ser uma manifestação do «descontentamento que esta obra está a gerar junto da população», sublinhou.
Lusa