O também líder do CDS/PP nos Açores criticou a “irresponsabilidade” do executivo regional ao persistir na intenção de criar mais uma maternidade no arquipélago, sem que estejam asseguradas os meios técnicos e humanos para pôr em prática esse investimento.
Nesse sentido, recordou que o Governo da República tem vindo a encerrar maternidades que realizam menos de 1500 partos por ano, frisando que o executivo açoriano pretende abrir uma que deverá realizar cerca de uma centena de nascimentos por ano.
“Isso é uma tremenda irresponsabilidade, é atirar areia para os olhos dos picoenses”, afirmou Artur Lima, para quem não existem condições para a criação deste serviço na Unidade de Saúde do Pico, ilha onde residem cerca de 15 mil pessoas.
Apesar destas críticas, Carlos César, presidente do governo regional, reafirmou no plenário a intenção de criar novas valências no Centro de Saúde da Madalena, entre as quais um bloco de partos.
Carlos César frisou que o executivo pretende “favorecer um conjunto de capacidades que permitam que naquela infra-estrutura se processem diversos actos médicos, entre os quais o de nascer”.
Por outro lado, salientou que estão a ser planeadas parcerias com o Hospital da Horta para assegurar que os partos a realizar no Pico ocorram dentro de todas as regras de segurança exigidas.
Carlos César acrescentou que as autoridades regionais também estão a trabalhar no sentido de dotar o futuro Centro de Saúde da Madalena dos recursos humanos adequados ao cumprimento desse objectivo .