O Governo guardaria uma percentagem do seu orçamento para financiar os projetos propostos pelos cidadãos e pelas instituições de cada ilha, explicou o líder dos centristas açorianos, acrescentando que os projetos seriam depois colocados a votação, para que cada ilha escolhesse a sua obra preferencial.
No seu entender, este orçamento participativo, que já existe em alguns países europeus, e mesmo em concelhos como o de Lisboa ou de Cascais, permitiria resolver problemas como aquele que se verifica atualmente nas Termas do Carapacho.
O Governo Regional recuperou a termas, mas recusa-se a financiar a contratação de um médico reumatologista para acompanhar as pessoas que procuram aquela infraestrutura, exemplificou.
Com a introdução do orçamento participativo, se os residentes entendessem que essa contratação era uma iniciativa prioritária, o Governo teria de financiá-la, explicou Artur Lima.
Na sua opinião, esta é uma forma de “despolitizar as instituições”, colocando “os cidadãos como atores e decisores” do destino a dar aos dinheiros públicos.
A medida inovadora só será aplicada, no entanto, se o CDS/PP tiver uma palavra a dizer no futuro governo regional que sair das eleições regionais de 14 de outubro, acrescentou o dirigente centrista.
Lusa